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Processo de devolução de Pix errado deve ficar mais simples no Brasil

Novo sistema promete melhorias na recuperação de valores em transferências erradas ou fraudulentas pelo Pix

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Desde sua implementação, o Pix consolidou-se como o método preferido de pagamento dos brasileiros; contudo, ainda existem desafios a serem superados. Dentre eles, a devolução de valores enviados acidentalmente ou por fraude é uma questão frequente.

Recentemente, o Banco Central e as instituições financeiras vêm trabalhando para aprimorar esse aspecto do sistema.

Atualmente, o Mecanismo Especial de Devolução (MED) é uma das ferramentas disponíveis para recuperar valores em casos de fraudes. Apesar de sua eficácia, ele possui limitações significativas.

O sistema só é acionado em situações de crimes, como golpes ou uso indevido de aplicativos em dispositivos roubados.

Porém, para transferências acidentais, o caminho é menos claro. Tendo essas questões em mente, o Banco Central está desenvolvendo melhorias significativas para enfrentar esses desafios e otimizar o processo de devolução de valores através do Pix.

Melhorias no MED e novas funcionalidades

De acordo com o Banco Central, até outubro de 2025, os aplicativos bancários devem incluir uma nova opção para contestar Pix de forma direta e fácil. Esse novo recurso busca agilizar o contato entre os usuários e as instituições financeiras em casos de erro ou fraude.

Além disso, no primeiro trimestre de 2026, está programada a implementação do MED 2.0. Essa versão aprimorada visa melhorar o rastreamento de contas envolvidas em fraudes e permitirá bloqueios de recursos diretamente na origem dos ataques, aumentando as chances de identificação e recuperação dos valores.

Soluções para transferências acidentais

Por enquanto, as possíveis soluções para um Pix feito por engano incluem:

  • Entrar em contato com o destinatário, caso seja conhecido, é o primeiro passo recomendado.
  • Para destinatários desconhecidos, buscar formas de comunicação para explicar o erro e solicitar a devolução é indicado.
  • Se nenhuma dessas opções for possível, procurar a instituição financeira para tentar recuperar o valor é a orientação do Banco Central.

Importante lembrar que a retenção de valores recebidos por engano pode configurar crime de apropriação indébita ou estelionato, conforme previsto no Código Penal brasileiro.

A evolução do sistema de devolução é um passo importante para garantir maior segurança e confiança. As novas medidas em desenvolvimento pelo Banco Central devem trazer melhorias significativas, beneficiando tanto vítimas de fraude quanto usuários que cometem erros honestos.

Jornalista graduada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), integra o time VS3 Digital desde 2016. Apaixonada por redação jornalística, também atuou em projetos audiovisuais durante seu intercâmbio no Instituto Politécnico do Porto (IPP).

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