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Negociações para privatização da Eletrobras só devem ser retomadas em 2021, diz CEO

Projeto de desestatização encaminhado ao Congresso em novembro de 2020 nem sequer possui relator até o momento.

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O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr, disse nesta quinta-feira que as negociações do governo de Jair Bolsonaro para tentar prosseguir com os planos de privatização da elétrica estatal junto ao Congresso devem ser retomadas somente em 2021.

“Acho que o plano era de haver uma retomada ainda este ano, as discussões em torno dessas questões. Mas ainda tem agora (votação no Congresso sobre) Orçamento, tem as eleições (municipais)… acredito que a gente terá a retomada dessas discussão do projeto de lei da Eletrobras logo no começo desse ano que está entrando”, disse ele.

Ferreira Jr também afirmou que tem havido alguma mobilização política contra o movimento após um blecaute que tem afetado o Amapá desde a semana passada e teve origem em uma linha de transmissão privada, mas que acredita que essa pressão não mudará o futuro da desestatização.

“Eu acho que não há nenhuma mudança, que eu sinta no meio do governo, no que diz respeito ao tema da privatização”, afirmou o CEO, citando enxergar apoio por parte dos ministros de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e da Economia, Paulo Guedes.

Mais cedo nesta semana, Guedes afirmou estar bastante frustrado pela falta de avanço em privatizações, incluindo da Eletrobras, mas estimou que a elétrica deve ser um dos primeiros ativos a serem privatizados em 2021.

“O próprio ministro Paulo Guedes tem deixado, além da frustração, a sua vontade e sua disposição de iniciar, de retomar esse processo de privatização”, disse Ferreira.

Em novembro de 2020, o governo Bolsonaro encaminhou um projeto ao Congresso sobre a desestatização da Eletrobras, mas o texto pouco avanço até o momento, tendo em vista que nem seu relator foi escolhido.

Embora houvessem negociações junto a parlamentares para que a proposta seja fosse a votação, incluindo conversas sobre eventuais mudanças no texto do projeto, até o momento o governo não progrediu no tema nem tampouco apresentou mudanças à sua proposta original.

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