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Economia

Novos lockdowns derrubam confiança do consumidor francês e alemão em novembro

Novas restrições deixam a demanda doméstica reprimida rumo à temporada de festas, atrasando as perspectivas de recuperação econômica.

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A confiança dos consumidores franceses e alemães teve uma forte queda no mês de novembro, quando novas restrições para conter a segunda onda da pandemia de coronavírus acabaram com qualquer perspectiva de retomada da normalidade nas duas maiores economias da zona do euro, segundo dados publicados nesta quinta-feira.

Restaurantes, bares, hotéis e locais de entretenimento voltaram a fechar este mês em ambos os países após novas restrições na tentativa de reduzir o número de infecções por Covid-19.

Enquanto as lojas de varejo continuaram funcionando na Alemanha, o comércio não essencial teve que fechar na França durante o novo lockdown. No entanto, as lojas do país poderão reabrir no sábado sob estritos protocolos sanitários.

As restrições mais recentes deixam a demanda doméstica reprimida rumo à temporada de festas, atrasando as perspectivas de uma recuperação econômica liderada pelo consumidor no próximo ano.

Na França, que está em um dos mais rígidos lockdowns da Europa desde o dia 30 de outubro, a confiança do consumidor caiu este mês para o seu nível mais baixo desde dezembro de 2018, superando níveis alcançados em março e abril durante o primeiro e ainda mais severo lockdown.

De acordo com a Insee, agência oficial de estatísticas da França, o índice de confiança do consumidor caiu 4 pontos, para 90, resultado pior do que o esperado em uma pesquisa da Reuters com economistas de leitura de 92.

A confiança foi a mais baixa registrada desde a eclosão de violentos protestos de rua contra o governo durante o movimento dos chamados “coletes amarelos”, que obrigou muitas lojas a fecharem no centro de Paris.

O clima entre as famílias francesas é de incerteza quanto às suas perspectivas financeiras, uma vez que a preocupação com o desemprego futuro atingiu o seu nível mais elevado desde meados de 2013.

Já na Alemanha, o sentimento do consumidor caiu ainda mais, já que o bloqueio parcial atingiu as expectativas de renda das famílias e sua vontade de comprar, segundo pesquisa.

O instituto GfK afirmou que seu índice de confiança do consumidor, baseado em uma pesquisa com cerca de 2 mil alemães, caiu para leitura de -6,7 em novembro, de uma taxa revisada de -3,2 no mês anterior. A leitura ficou aquém de uma previsão da Reuters de queda menos acentuada para -5,0.

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