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Economia

Busca por crédito cai 8% em janeiro, mas sobe 22% em relação ao mesmo mês de 2020

Para este ano, a expectativa é que a busca menor por crédito seja menor, uma vez que as pessoas estão consumindo menos, enquanto desemprego e endividamento continuam em alta.

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O Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC), indicador que avalia a busca por crédito no Brasil, registrou alta de 22% em janeiro de 2021 em comparação ao mesmo mês no ano passado. Por outro lado, o índice teve uma queda de 8% em relação ao mês anterior.

O índice mede mensalmente a quantidade de solicitações de financiamentos no varejo, bancos e em serviços, sendo que este liderou a demanda por crédito em janeiro. A alta no setor de serviços de 62%, enquanto os bancos e financeiras tiveram crescimento de 19% e o varejo apresentou um avanço de 17% em relação a janeiro do ano passado.

Na comparação com o mês anterior, houve uma queda de 30% na demanda por crédito no varejo, enquanto nos bancos e instituições financeiras foi registrada alta de 315 no mesmo período.

Em nota, a Neurotech informou que o declínio é justificado por fatores sazonais, e portanto, é considerado normal. “Historicamente, janeiro e fevereiro são meses de baixa para o comércio”, destaca o diretor de Produtos e Sucesso do Cliente, Breno Costa.

Para este ano, a expectativa é de que haja uma busca menor por crédito, uma vez que as pessoas estão consumindo menos, enquanto o desemprego e o endividamento continuam em alta devido à pandemia. Apesar do cenário desfavorável, Costa afirma que a procura por crédito tem se mostrado consistente, com alta na demanda em quase todos os meses desde o início da crise da Covid-19.

“O consumo foi impossibilitado no início da pandemia, o que gerou a forte alta da demanda por recursos a partir de maio. Depois deste movimento, o comportamento está mais tímido, até por conta de toda a incerteza que ainda paira na economia. Mesmo assim, a tendência de crescimento continua”, destacou.

No varejo, o destaque na busca por crédito foi observado nos supermercados, com crescimento de 87%. “As pessoas estão priorizando os bens de primeira necessidade e adiando as decisões de consumo de bens supérfluos diante do cenário ainda incerto marcado pela segunda onda da pandemia e demora na vacinação”, justificou o diretor.

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