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Títulos públicos de longo prazo registram perdas em março

O IRFM-1+ desvalorizou 1,45% no mês

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As rentabilidades dos títulos públicos de longo prazo caíram mais uma vez em março. Pelo terceiro mês consecutivo, os subíndices do IMA (Índice de Mercado ANBIMA, da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) que acompanham os papéis com maiores prazos tiveram as principais perdas do período.

O IRFM-1+, índice que espelha uma carteira de NTN-Fs e LTNs com vencimentos acima de um ano, desvalorizou 1,45% no mês, acumulando perda de 4,77% em 2021. Em seguida, o IMA-B5+, que reflete as NTN-Bs com mais de cinco anos de vencimento, recuou 1,17% em março, intensificando sua perda no ano para 5,10%.

“A abertura das taxas dos títulos, principalmente dos prefixados, tem relação com a piora das expectativas de longo prazo dos investidores. Isso aconteceu por conta das consequências do agravamento da pandemia na atividade econômica e nas contas públicas, sobretudo em um contexto de aumento da inflação”, avalia Hilton Notini, gerente de Preços e Índices da ANBIMA. Indicativos que comprovam isso são as taxas de março de colocação das NTN-Fs com vencimentos em janeiro de 2027, 2029 e 2031: todos os papéis foram vendidos com prêmios maiores do que em leilões de meses anteriores.

Títulos públicos de longo prazo registram perdas em março

Títulos Públicos

Entre os papéis com prazos mais curtos, o IRF-M 1, índice que representa os prefixados de até um ano de vencimento, teve variações positivas de 0,04% no mês e de 0,13% no acumulado do ano. O IMA-B5, formado por títulos indexados à inflação com prazos até cinco anos, apresentou rentabilidade mensal de 0,34% e perda de 0,15% no ano. A carteira das LFTs em mercado, refletida pelo IMA-S, encerrou março com rendimento de 0,17%.

Na contramão dos títulos públicos, os papéis corporativos, acompanhados pelo IDA (Índice de Debêntures ANBIMA), registraram valorização mensal em todos os subíndices. Os destaques foram as duas carteiras de menores durações: o IDA-IPCA ex-Infraestrutura (prazo médio de 2,2 anos), com rentabilidades de 0,92% em março e de 1,27% no ano, e o IDA-DI (2,3 anos), com 0,63% em abril e 1,52% em 2021. O IDA-IPCA Infraestrutura, que reflete papéis de maior duração (média de 4,8 anos), apresentou variações de 0,37% e de -0,46% no mês e no ano, respectivamente.

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