Produção e exportação de frango pode crescer 3% no Brasil em 2022

14,72 milhões de toneladas! Essa é a previsão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para a produção de carne de frango do em 2022. O número, publicado esta semana em relatório, representa uma alta de 3% na comparação anual.

O USDA acredita que a forte demanda externa e o aumento no consumo doméstico podem estimar esse aumento. Segundo o órgão norte-americano, tanto as exportações quanto o consumo interno, que já bateram recordes históricos neste ano, também tendem a avançar no ano que vem.

De acordo com a representante do USDA no Brasil, Camila Aquino, os surtos de peste suína africana enfrentados pela China desde 2018 têm dado maior oportunidade às carnes do Brasil no mercado externo. A desvalorização do real frente ao dólar também contribuiu para esta realidade. “Em 2021, as exportações avançaram 5%. No geral, os embarques devem permanecer pouco acima de um quarto da produção total, com a China sendo o principal destino da carne de frango brasileira”, afirma.

Nos últimos 12 meses, o aumento no valor dos insumos utilizados na produção do frango, como o milho, por exemplo, também pressionou para a alta no preço da ave e a baixa lucratividade do setor. “O milho, por exemplo, representa cerca de 70% da ração dada aos animais. A quebra de safra do milho resultou em ofertas escassas e altos preços no mercado doméstico”, acrescenta.

Há ainda a crise econômica enfrentada pelo país em razão da pandemia, que fez com que a população optasse pelo consumo de carnes mais baratas. A procura maior pelo frango impulsionou os preços praticados.

Cenário atual

O Brasil é o segundo maior produtor de carne de frango do mundo, atrás somente dos Estados Unidos. O país também é considerado o maior exportador global da proteína. Seus principais compradores são China, Arábia Saudita e Japão.