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Com lacuna de R$ 1,2 bi de liquidez regulatória, IRB Brasil desconsidera nova capitalização

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O IRB Brasil RE não irá mais realizar operações como realização de recebíveis e da venda de ativos não financeiros para preencher um buraco de liquidez regulatória, medida que extinguirá a necessidade de uma nova capitalização, informaram nesta segunda-feira os executivos da empresa.

A resseguradora tem atualmente uma lacuna de 1,2 bilhão de reais para atender exigências da Susep, mesmo com o aumento de capital de 2,3 bilhões de reais na semana passada.

Contudo, o presidente-executivo interino da empresa, Antonio Cassio dos Santos, disse que “não faz sentido” a necessidade de um novo aumento de capital.

Santos acredita que somente com a realização de recebíveis a companhia poderia levantar cerca de 500 milhões de reais. Outro fator apontado por ele é que o IRB deseja se desfazer de ativos não financeiros que não se enquadram na categoria de ativos de liquidez.

Ambas as medidas são parte das correções que a companhia está implementando para corrigir estragos causado por fraudes contábeis nos últimos anos, que precederam a abertura de uma fiscalização especial por parte da Susep em maio.

Ainda de acordo com ele, os indicadores sólidos do ponto de vista de solvência, mesmo para padrões internacionais.

Mesmo com tudo isso, a IRB continua realizando ajustes em seu modelo de negócios, reavaliando contratos, o que pode gerar baixas para prejuízo a curto prazo.

No sábado, a empresa divulgou balanço que demonstra prejuízo líquido de 685,1 milhões de reais no segundo trimestre, mantendo-a em vermelho em julho e agosto. Porém de acordo com Santos, a companhia tende a voltar ao azul no mês que vem como “um avião que passou por forte turbulência e poderia cair”, mas que agora está “aterrissando” e voltará a voar mais adiante.

Outra medida para voltar a fazer com que o IRB seja lucrativo é a não renovação de alguns contratos, que pode afetar o volume de receitas operacionais por algum tempo. As ações da companhia já registraram queda de quase 80% neste ano.

Em teleconferência, o vice-presidente de relações com investidores do IRB, Werner Süffert disse que “não devemos ter recuperação forte da emissão de prêmios nos próximos trimestres”.

Às 14:41, a papel do IRB recuava 4,40%, ao passo que o Ibovespa perdia 1,46%.

Apenas do cenário de curto prazo da companhia ainda ser nebuloso, com BTG Pactual e Safra mantendo recomendação ‘neutra’ e o Credit Suisse seguindo com ‘underperform’, analistas apontaram a melhora na transparência das informações divulgadas.

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