Economia
Carros autônomos: Fim dos motoristas de aplicativo está próximo?
Carros que dispensam a presença de um motorista já são realidade e ameaçam trabalhadores de transporte por aplicativo.
A Waymo, braço de veículos autônomos da empresa dona da Google, acaba de lançar um serviço de transporte semelhante a aplicativos como Uber, Cabify e 99. A grande diferença é que o passageiro vai sozinho no carro, ou seja, não tem motorista no veículo.
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Embora pareça ficção científica, a novidade já está disponível no estado do Arizona, nos EUA. Para solicitar um corrida, basta se cadastrar, informar a localização atual e o destino final. A plataforma calcula o tempo da viagem e de chegada do carro.
“Começaremos com aqueles que já fazem parte do Waymo One e, nas próximas semanas, receberemos mais pessoas diretamente no serviço por meio de nosso aplicativo (disponível no Google Play e na App Store). No curto prazo, 100% das nossas viagens serão totalmente sem motoristas”, disse o executivo-chefe da Waymo One, John Krafcik.
É o fim dos apps de transporte?
Segundo Eric Meyhofer, diretor de tecnologias avançadas da Uber, a empresa não funcionará sem motoristas parceiros “nas próximas décadas”. Apesar disso, a companhia desenvolve carros autônomos desde 2015, com pretensão de integrá-los à sua plataforma.
O executivo afirmou que a oferta de mão de obra está bem abaixo da demanda, o que limita o crescimento da empresa. Dessa disparidade surgiu a necessidade de criar carros autônomos.
“Vemos esse veículo como um adicional. Será uma rede híbrida, com parceiros e veículos autônomos por muito tempo. Talvez para sempre. Os motoristas parceiros são um ativo gigante para nós”, explicou Meyhofer.
Ele também antecipou que o plano é que os carros autônomos rodem em locais de acesso “mais fácil”, deixando as áreas mais difíceis e com remunerações melhores para os trabalhadores parceiros.
Protótipo
Em junho, a Uber apresentou um protótipo do carro autônomo fabricado em parceria com a Volvo, com a qual trabalha desde 2016. Esse é o terceiro veículo criado em conjunto pelas empresas, mas o primeiro que dispensa um condutor.
Meyhofer explicou que o acidente ocorrido Arizona (EUA) em 2018, quando um pedestre foi morto por um carro autônomo, tem guiado o desenvolvimento do novo veículo.
“Se as pessoas não acreditarem que esse veículo é seguro, não entrarão nele. O que construímos é o veículo mais seguro que podemos ter”, completou. Ainda não há previsão para a entrada de carros autônomos no aplicativo de transporte.
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