Economia
‘Revolução bancária’ incentiva fintechs a comprar e aumenta concorrência
PIX e open banking são novidades do mercado financeiro. Com novo sistema de pagamentos, empresas devem avançar de 30 a 40 para mais de 900.
PIX e open banking são duas grandes novidades que prometem uma revolução no sistema bancário brasileiro, além de incitar a concorrência. Desse modo, ao passo que os bancos investem em tecnologia, as fintechs resolvem ir às compras. Nos últimos meses, as empresas voltadas para o setor financeiro expandiram as aquisições de pequenos negócios de tecnologia, corretoras e gestoras de investimentos.
O novo sistema brasileiro de pagamentos instantâneos, PIX, vai ser lançado pelo Banco Central do Brasil (BC) em 16 de novembro. O objetivo é modificar a forma que as pessoas pagam suas contas e compras, dispensando a necessidade do uso de dinheiro ou cartão. Já o open banking se trata de uma ferramenta de compartilhamento de dados, informações e serviços financeiros, realizados pelos próprios usuários nas plataformas de tecnologia. A sua estreia está prevista também para novembro e procura dar autonomia ao cliente.
Diante das modificações anunciadas, as fintechs procuram ampliar a área de atuação. O especialista em regulação e organização do mercado financeiro e de capitais, José Luiz Rodrigues, frisa a alta demanda das fintechs por consultorias para formatação de processos de aquisição. Em julho, a aquisição da Magliano Invest, a mais antiga corretora do Brasil, pela Neon Pagamentos, é um exemplo disso. Um mês antes, a XP divulgou a compra de participações majoritárias na Fliper e Antecipa. Em agosto, o mercado presenciou a disputa da Stone Pagamentos e Totvs pela comercialização da Linx.
Com relação ao Nubank, os negócios foram além das fronteiras. A startup comprou duas empresas de desenvolvimento neste ano, a Plataformatec, no primeiro semestre, e a Cognitect, no início do segundo semestre. “Temos crescido a um ritmo muito acelerado, de 40 mil clientes por dia”, frisou a cofundadora do Nubank, Cristina Junqueira. “E isso, sem dúvida, inclui o desenvolvimento de produtos e serviços que vamos oferecer no contexto de open banking e pagamento instantâneo”, acrescentou.
Segundo o diretor-executivo da Dinamo Networks, Marco Zanini, as instituições financeiras identificaram que o PIX irá abrir o leque de oportunidades. E em grande parte das situações, a alternativa tem sido a aquisição de carteiras digitais já disponíveis no mercado, pois já possuem tecnologia e base de clientes. “Com o PIX, sairemos de 30 ou 40 instituições competindo no varejo para mais de 900. É claro que a guerra de tarifas vai crescer”, afirmou.

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