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Economia

Ibovespa descola de NY e fecha em queda com ajustes nesta quarta

Apesar da queda na sessão e de uma volatilidade esperada, expectativa é que o Ibovespa tenha resultados positivos até o final do ano, à medida em que o Brasil for retomando suas atividades econômicas.

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O Ibovespa descolou de Wall Street, fechando em queda nesta quarta-feira, 02. O resultado é reflexo de ajustes após forte alta na véspera, em um momento em que agentes financeiros vem reduzindo risco, enquanto aguardam definições no ambiente fiscal e nas reformas do país.

Índice de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa caiu 0,25%, a 101.911,13 pontos, após tocar 102.823,88 pontos no começo da sessão e recuar a 100.871,79 pontos na mínima do dia.

No total, o volume financeiro no pregão foi de 22,2 bilhões de reais.

De acordo com o gestor de renda variável Scott Hodgson, da Galapagos Capital, a volatilidade de agosto segue presente na B3, tendo em vista a movimentação em Brasília.

O gestor afirmou que traders reduziram risco no Brasil, e que esse movimento também aconteceu em outros mercados emergentes.

O índice MSCI, que é uma referência para mercados emergentes, mostrava queda de 0,1% no final da tarde. No México, o índice S&P/BMV IPC recuava 1,16%.

Segundo o analista de investimentos Igor Cavaca, da Warren, ainda existe uma preocupação quanto a indecisão sobre gastos governamentais no Brasil, o que deve refletir no mercado acionário enquanto medidas claras não forem definidas. “O mercado subiu ontem mais do que os fundamentos. Dessa forma, está realizando a alta hoje”, reforçou.

Apesar da queda nesta sessão e de uma volatilidade esperada, Hodgson avalia que o prognóstico para o Ibovespa até o final do ano é positivo, à medida em que o Brasil for reabrindo e se recuperando, como observado em outras economias afetadas pela crise durante a pandemia.

“Isso vai acontecer aqui no Brasil também entre agora e o fim do ano. Particularmente se uma vacina (contra o coronavírus) for divulgada”, disse.

Em Nova York, o S&P 500 avançou pela nona sessão de 10 pregões e voltou a renovar máximas históricas, desta vez apoiado em papéis considerados mais defensivos, como os de serviços de utilidade pública.

“Dados econômicos sólidos dos EUA e da China estão dando a investidores esperança de que a economia global possa se recuperar mais rápido do que o esperado da crise do Covid-19”, avaliou o analista Milan Cutkovic, da AxiCorp.

DESTAQUES

Confira mais alguns resultados obtidos nesta quarta-feira:

  • SUZANO caiu 4,13%, em dia de queda do dólar e mesmo após começar setembro com forte alta, e ter subido 19,5% em agosto. KLABIN UNIT perdeu 2,68%, após acréscimo de 1,5% na terça-feira e 24,4% em agosto.
  • FLEURY ON saltou 6,61%, um dia após o grupo de diagnósticos médicos anunciar a criação de empresa de tecnologia baseada na ciência de dados e inteligência artificial.
  • ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 0,21% e BRADESCO PN caiu 0,09%, e embora tenham não tenham ficado entre as mínimas, os valores indicam uma sessão de fraqueza das ações de bancos. Já o BANCO DO BRASIL ON conseguiu ter alta de 0,12%.
  • TOTVS ON subiu 3,47%, ante expectativas envolvendo a Linx, após anunciar na véspera oferta modificada pela empresa de software de gestão, após a StoneCo ter revisado acordo vinculante com a Linx. LINX ON teve alta de 0,08%. Em Nova York, STONECO caiu 0,81%.
  • PETROBRAS PN fechou com variação negativa 0,31%, em meio à queda dos preços do petróleo no exterior. A companhia informou que irá reduzir o preço do diesel em 6% e o da gasolina em 3% a partir de quinta-feira, após consecutivas altas aplicadas nos valores dos combustíveis em suas refinarias.
  • VALE ON perdeu 0,71%, mesmo com a alta dos preços do minério de ferro na China. A mineradora afirmou que recebeu declarações de condição de estabilidade negativas (DCEs) para seis estruturas geotécnicas em Minas Gerais.
  • USIMINAS PNA avançou 0,38%, descolada do setor de mineração e siderurgia, tendo de pano de fundo crescimento de vendas de veículos novos em agosto ante julho no país, além de elevação do preço-alvo para 11 reais por analistas do UBS.
  • PAGUE MENOS ON disparou 21,18%, a 10,30 reais, na estreia na B3 após precificar IPO a 8,50 reais na segunda-feira, em operação na qual levantou 746,9 milhões de reais.
  • LAVVI ON caiu 5,26%, a 9 reais, também em estreia na bolsa paulista, após precificar IPO a 9,50 reais por papel na segunda-feira, levantando 1,027 bilhão de reais.
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