Economia
Goldman Sachs: aperto monetário global deve beneficiar ações europeias
Banco de investimento observa ‘resiliência’ do índice europeu (Stoxx 600) ante seus pares nos EUA
Diante da perspectiva de desvalorização das ações globais, por conta do aperto monetário promovido pelos bancos centrais, ao redor do globo, o mercado europeu pode servir como ‘proteção’ contra a volatilidade futura.
Setores de menor duração – A recomendação é de estrategista do banco de investimento Goldman Sachs (GS), para quem “o aumento dos juros deve favorecer a região, que é formada por setores (econômicos) de menor duração e sensíveis a juros que compõem o índice de referência do continente.
Stoxx 600 ‘resiliente’ – O índice mencionado é o Stoxx 600, que tem mostrado resiliência de se manter no patamar positivo (0,6%) desde o início deste ano, em contraste com os índices ianques, como S&P 500, que apresenta queda de 1,5% e o tecnológico Nasdaq, que já encolheu 3,6% em 2022.
‘Derrapada global’ – Os estrategistas da instituição global acrescentam, ainda, que a Europa se distingue dos EUA porque “os múltiplos em grande parte do mercado não parecem particularmente esticados em relação ao que se via no passado”. Na sua avaliação, os EUA cometem uma ‘derrapada’ global ao sinalizarem – no caso, o Federal Reserve (Fed), banco central estadunidense – um aumento de juros bem superior ao que previa o mercado.
Vendas na tecnologia – No entendimento do GS, as ações de empresas de tecnologia se tornaram ‘alvos’ para venda de papéis, por conta de seus múltiplos elevados, que resultam da razão entre dois indicadores de performance de um papel. No caso, o preço da ação é confrontado com outros índices, parte dos quais associados à análise fundamentalista.
Viés positivo – Inicialmente mais atingidas pela crise pandêmica de epicentro chinês, as bolsas europeias agora começam a apresentar viés positivo, se descolando de Wall Street, sobretudo pelas diferenças de política fiscal entre as duas regiões. Enquanto na Europa, prosseguem a análise do GS é calcada em aumento de gastos planejado – o que inclui um pacote de estímulos voltado à sustentabilidade – ao passo que a economia estadunidense deve perder, em breve, o suporte fiscal.
Diferença estreita – Ao mesmo tempo, os estrategistas do Goldman observam que a diferença, em termos de lucros, entre os dois mercados citados, ‘está se estreitando’, uma vez que as estimativas de lucro futuro por ação estão melhores na Europa do que nos EUA no ano passado. Neste aspecto, sua recomendação são ações de bancos e de empresas de energia europeias, além daquelas do setor de saúde, que estão muito ‘baratas’.
Recuperação mais rápida – ‘Cambaleantes’ a princípio, com o ‘tranco monetário’ do Fed, as ações europeias devem se recuperar mais rapidamente que as ianques. “Rendimentos mais altos podem ajudar transações tradicionais com ativos de valor, como ações do Reino Unido e do setor financeiro do continente europeu”, concluíram.

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