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Os Ucranianos tentam salvar sua história em meio à guerra
No meio de tanta desgraça causada pelos Russos, os cidadãos da Ucrânia ainda tentam manter sua história viva e preservar seu legado cultural. Confira!
A Ucrânia está tentando preservar o legado cultural e artístico de seu povo diante dos ataques russo e das conquistas territoriais que a Rússia já conseguiu efetuar.
Visto isso, os museus agiriam com celeridade para proteger suas coleções, enquanto os vitrais das igrejas foram cobertos com tapumes de madeira e as estátuas protegidas.
A estátua do duque de Richelieu, governador na época do imperador russo Alexandre I, está sendo protegida por sacos de areia na cidade de Odessa no sul do país.
Entretanto, muitos locais acabaram sendo danificados ou até mesmo destruídos por completo depois dos ataques russos, principalmente os centros históricos das cidades, escolas e hospitais.
Foi visto nas redes sociais do prefeito de Chernihiv, um vídeo de uma biblioteca que virou apenas cinzas após o ataque indiscriminado russo.
A Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) estão contribuindo com as autoridades para efetuar a marcação dos lugares mais relevantes com um escudo azul e branco, o sinal internacional utilizado para fazer a identificação dos lugares que merecem proteção internacional devido ao seu valor cultural.
“Pedimos a todos os Estados que respeitem a lei internacional que firmaram e, portanto, que não disparem contra lugares importantes no país”, argumentou o diretor do Programa de Patrimônio Mundial da Unesco à AFP, Lazare Eloundou, em Paris.
Muitos museus e instituições culturais já foram destruídos, disse Eloundou. “É toda uma vida cultural que corre o risco de desaparecer”, explicou.
A capital da Ucrânia, Kiev, está inclusa na lista de Patrimônio Mundial da Unesco, visto que nela se encontram a catedral de Santa Sofia e o Mosteiro de Kiev-Petchersk, que são locais símbolos para o desenvolvimento do cristianismo russo.
Outro ponto é o centro histórico de Lviv, que se encontra no extremo oeste do país, que também está incluso na lista da Unesco na Ucrânia e já fez a representação de mais de uma dúzia de outros locais para que sejam incluídos na organização o que tornaria ele mais seguro.
As autoridades ucranianas acreditam que, caso consigam fazer a marcação dos locais suscetíveis a seres destruídos, os Russos devam ser levados para julgamento, assim como foi em 2016, quando Mali, um jihadista, foi julgado e também condenado pela destruição de mausoléus em Timbuctu.
“Se fizermos o necessário para proteger nossa riqueza, a Rússia pagará por todos os danos, por toda a destruição”, disse a representante da delegação, Olga Ganenko.
O diretor do Museu da Infância em Guerra em Saravejo, Jasminko Halilovic compartilha do mesmo medo:
“Se você está tentando destruir uma comunidade ou sociedade, uma das coisas que você definitivamente vai atingir é o patrimônio cultural […] porque o mesmo nos diz quem eles eram antes e no que eles ainda vão se tornar”, lembrou.
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