Automobilística
Europa tenta encher seus reservatórios de diesel e dificulta a importação
A partir do momento em que iniciou-se a guerra entre Rússia e Ucrânia, o mercado internacional de combustíveis sofreu várias modificações.
A falta de oferta abateu os pequenos importadores no Brasil, sendo que até mesmo grandes empresas percebem a baixa quantia de oferta, principalmente no segmento de óleo diesel. O refúgio da Europa, caso viesse a ocorrer um corte de gás intenso da Rússia, era o diesel, pois pode ser um substituto. A maior parte desses estoques é comprada dos EUA.
A fim de que haja diesel para o Brasil, o importador hoje tem de pagar caro. Mas com o cenário atual, não foi possível encontrar o produto, segundo Nelson Ostanello, presidente no Brasil da Greenenergy, maior distribuidora de combustíveis do Reino Unido que tem escritório no país. “A Europa está pegando diesel do mundo todo. Um número aproximado de 50% do diesel consumido na Europa vem da Rússia”, disse.
Referente ao Brasil, a maior parte do diesel provem do Golfo do México, que decorrente da guerra, tem fornecido seu combustível para a Europa e cobrado um alto valor por isso. Ostanello ainda alegou que há aproximadamente 15 dias o diesel estava com desconto, entretanto, por motivos óbvios, o setor passou a cobrar US$ 0,30 acima do preço. Assim, o galão de diesel que estava em média a US$ 3,20, agora está entre US$ 3,50 e US$ 3,60.
Situação no Brasil
Já o cenário brasileiro encontra-se dificultoso, pois a safra da cana, a qual movimenta bilhões de litros de diesel todo ano, terá início no final de março e segue até o mês de abril. O preço, aparentemente, deve continuar alto para os caminhoneiros brasileiros, que já começam a se movimentar para uma possível greve, a exemplo do que ocorreu em 2018.
“Eu acredito que a importação irá piorar. O Brasil necessita importar 25% da demanda, e a Petrobras colocou o preço tão antiquado, que ninguém tinha coragem de trazer de fora”, explicou Ostanello, informando que o valor tão inapropriado do diesel chegou a R$ 2,50, anterior ao aumento comunicado pela empresa, o que impossibilitou a formação de estoques.
Além disso, com a subida dos preços, os importadores brasileiros estão com problemas quanto à importação de diesel, logo isso pode vir a comprometer o abastecimento. O número de ofertas normalmente chegava a mais de 20 navios, e atualmente são no máximo dois ou três.
Para Pedro Shinzato, especialista em gerenciamento de risco da consultoria Stonex, os estoques de diesel nos EUA encontram-se historicamente baixos, e o cenário europeu aparenta estar pior. “O problema real, é que a Rússia é uma grande fornecedora de diesel para Europa, mas agora estão diminuindo a importação de produto russo e aumentando a importação de produto americano”, explicou o analista.
O presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, abordou que o diesel não tem registrado baixa. “Dialogo com nossos agentes, e segundo eles relatam, a situação não esta fácil para negociar óleo diesel para o Brasil.”.
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