Lei de Serviços Digitais da UE pode impactar empresas de tecnologia

Até então, poucos países haviam, de fato, feito algo para controlar como as relações sociais ocorrem na internet, obviamente, olhando para fatores de comunicação de fatos inverídicos, notícias falsas (as famosas fake news).

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No entanto, essa tramitação, pelo menos no caso da União Europeia (e não acredito que configure-se de outra forma em outro país que vá, futuramente, fazer essa regularização), a Lei de Serviços Digitais afeta diretamente as empresas de tecnologia que atuam nos países europeus.

Dessa forma, com essas novas normas, as empresas como Google (GOOG; GOOGL; GOGL34; GOGL35), Meta (FB; FBOK34) e Microsoft (MSFT; MSFT34) serão obrigadas a ter maior controle sobre o direcionamento de publicidades, solicitação de dados pessoais e a desenvolverem novas políticas de gestão de crises voltadas à disseminação de fake news.

Outro fator a ser levado em consideração é o fornecimento de dados acerca de seus algoritmos voltados a órgãos reguladores e pesquisadores. Esse tópico, em especial, abalou diretamente o Facebook, Instagram e Twitter.

Até o determinado momento, as plataformas costumam utilizar “algoritmos secretos” para atrair novos usuários e impelir esforços de produção de conteúdo a empresas digitais.

De acordo com Arthur Igreja, especialista em inovação e tecnologia, abrir esses algoritmos para o setor público pode impactar diretamente na dinâmica do mercado, uma vez que “são segredos industriais e de propriedade, mas que têm um impacto social importante.

A partir do momento que se tem essa verificação, começa a ter compreensão e o que pode acontecer é que não necessariamente vão encontrar só lisuras. Outro ponto é o diferencial competitivo entre as empresas, que vão tentar se proteger ao máximo”, afirma.