Ações, Units e ETF's
Alta da Selic ‘detona’ rentabilidade de fundos multimercados em 2021
Reajustes seguidos da taxa básica de juros turbinaram migração de investidores para a renda fixa
A versatilidade característica dos fundos multimercados (ações, renda fixa e moedas) não foi suficiente para garantir ao investidor uma rentabilidade atraente, ao longo de 2021, que não passou de 0,69% nos primeiros 11 meses do ano, ante uma valorização de 5,1%, no mesmo período de 2020, e de 11,01% e 7,07%, em 2019 e 2018, respectivamente, segundo levantamento feito pela consultoria Economática Brasil.
Vice lanterna – A agência Austin Rating, por sua vez, aponta que, no mesmo período citado, o Ibovespa acumulou perdas de 10%, ficando em segundo lugar como pior do mundo, só perdendo para a bolsa da Venezuela – país esfacelado pela inflação e por um regime totalitário de esquerda – enquanto o ianque Standard & Poors 500 (S&P 500) avançava 26,8%.
Selic a dois dígitos – ‘Ruídos políticos’ do Planalto com os demais poderes; crise fiscal, com direito a ‘furo’ do teto de gastos por motivação eleitoral e dólar em disparada. Esse conjunto de fatores instáveis turbinaram o avanço da inflação, o que levou o Banco Central (BC) a elevar a taxa básica de juros (Selic) de 2% ao ano (a.a.), no início de 2021, para os atuais 9,25% a.a., já com previsão de atingir os dois dígitos no início do próximo ano.
Recessão técnica – Na prática, a autoridade monetária freou a inflação, mas produziu uma recessão técnica (dois trimestres negativos consecutivos) no país que demorará muito a ser revertida, uma vez que o crescimento econômico esperado pelo mercado é próximo de zerou, se não for negativo.
Recomposição difícil – “Quando começou a derrocada fiscal e todo o imbróglio da aprovação da PEC dos precatórios, já sabíamos que os multimercados seriam pressionados”, comenta sócio da Monte Bravo Investimentos, Rodrigo Franchini, ao acrescentar ser “difícil recompor as posições e ajustar o tamanho dessas posições para as alocações que seriam necessárias para proteção do fundo, pois não se trata de uma movimentação trivial, pois há resgates diários”.
Olho na renda fixa – Ao mesmo tempo, é notório que a alta da Selic acabou trazendo de volta os investidores para a renda fixa, de olho nos ganhos que a escalada dos juros poderia proporcionar. Somente em setembro, outubro e novembro últimos, os resgates dos multimercados atingiram R$ 8,9 bilhões, R$ 11,8 bilhões e R$ 4,8 bilhões, respectivamente, consolidando três meses seguidos de baixas. No total, enquanto os multimercados tiveram saída de 25,6 bilhões, os fundos de renda fixa conseguiram captar R$ 73,2 bilhões, no mesmo período.
Maiores retornos – Em contrapartida, ainda segundo a Economática, dos dez fundos com maiores retornos no ano, nove estão associados a investimentos no exterior ou em criptomoedas.
Orçamento ajustado – Apesar das perdas do ano, as perspectivas para os multimercados, no médio e longo prazos, podem ser favoráveis, desde que o cenário interno aponte para o ajuste do Orçamento federal e posterior redução do risco fiscal.
Fechamento da curva – Na previsão de Franchini, com a expectativa de fechamento da curva de juros (queda da taxa nos próximos anos), “haverá marcação de mercado positiva nos fundos que aproveitaram e se posicionaram em títulos de renda fixa, quando estes estavam pagando retornos altos”.

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