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Após crise, títulos de empresas engatam retomada e são alternativas na renda fixa

Recuperação está sendo impulsionada pela retomada, mesmo que gradual, da atividade econômica e juros baixos.

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Selic em novo patamar coloca investimentos em renda fixa sob nova perspectiva

Com o boom da pandemia de covid-19 e os reflexos das medidas de isolamento social, os fundos de crédito privado sofreram impactos, que acabaram por desvalorizar essas carteiras. Porém, ao passar dos meses, os números apontam que o pior já ficou para trás e o cenário voltou a ser positivo. De acordo com gestores de recursos, a recuperação está sendo impulsionada pela retomada, mesmo que gradual, da atividade econômica e juros baixos. 

A reabertura dos comércios em junho reanimou os investidores, até porque o maior impacto da crise foi sob as pequenas e médias empresas, ao passo em que as grandes companhias foram menos afetadas. “Ninguém hoje tem mais medo de que essas empresas grandes quebrem. Até porque já saíram os balanços das companhias do segundo trimestre e foi possível ver o impacto que, de fato, aconteceu”, alegou o CEO da Sparta, Ulisses Nehmi.

Sinal dessa reanimação está nas taxas. Hoje, empresas excelentes pagadoras e com baixíssimo risco de calote já conseguem resgatar recursos pagando taxas em torno de 102% a 103% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Os prazos também tornaram a crescer, para mais próximo dos seis anos, em média. Em comparação com a renda fixa tradicional, a poupança paga 70% do CDI e o Tesouro Selic, em torno do CDI. Portanto, se as taxas encolhem, os preços das debêntures elevam. Desse modo, as cotas dos fundos de renda fixa se valorizam. 

De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), as emissões de novas debêntures chegaram a R$ 10,2 bilhões em agosto, volume 72,9% superior a julho. Durante o ano, a oferta dos papéis totaliza R$ 64,9 bilhões, ainda que com contração de 46,9% comparado a 2019. 

Segundo os gestores, outra perspectiva de que o mercado de crédito privado esteja retornando ao normal é em função de quem está adquirindo as novas debêntures. No ápice da crise, os bancos foram quem mais pegaram os títulos, agora os fundos de investimentos tornaram a adquirir para ofertar aos clientes.  

“O crédito privado é alternativa para quem busca maiores retornos, principalmente considerando o atual cenário de juros baixos. Através dele, é possível optar dentre uma grande variedade de emissores, prazos curtos ou longos e remunerações pós ou prefixadas ou até atreladas à inflação, o que garante uma rentabilidade real”, destaca a analista de renda fixa da XP Investimentos.

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