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Economia

Aposentadoria do INSS: Qual o segredo para conseguir um benefício melhor?

Novas regras de cálculo da aposentadoria adotadas após a reforma da Previdência devem ser compreendidas pelos segurados.

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Para grande parte dos trabalhadores, a reforma da Previdência tornou a aposentadoria do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) um sonho mais distante. Entretanto, para certos grupos específicos, a alteração nas regras pode até mesmo resultar em um benefício mais vantajoso.

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Uma dessas mudanças é a possibilidade de descartar os menores salários na hora de calcular a aposentadoria. Esse “segredo” previsto na Emenda Constitucional 103/2019 traz uma boa chance de elevar o valor dos pagamentos de forma significativa.

Regra de descarte e regra de exclusão

A regra de descarte criada pela reforma não é mesma que prevê a exclusão dos 20% menores salários de contribuição no cálculo. Essa segunda já existia anteriormente e considerava a média dos 80% maiores salários desde julho de 1994, com exclusão automática do resto.

Apenas os salários eram descartados, e não o tempo de contribuição. O objetivo era apenas encontrar uma média um pouco mais vantajosa.

Pela nova regra de descarte, o segurado pode optar por retirar os valores mais de contribuição mais baixos, mas esse tempo de contribuição também sai do cálculo. Quem tem a intenção de fazer isso precisa analisar bastante sua situação, já que o descarte pode mexer no coeficiente que eleva o valor do benefício.

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Veja um exemplo: para calcular a aposentadoria de uma trabalhadora com 62 anos de idade e 29 anos de contribuição, serão consideradas todas as contribuições desde julho de 1994. Para cada ano que exceder o tempo mínimo de recolhimento (15 anos), o coeficiente do cálculo aumenta em 2%, chegando a 88% nesse caso.

É sobre esse percentual que será calculado o valor da aposentadoria. Mas, caso ela prefira excluir alguns salários menores para aumentar os pagamentos, cada ano a menor equivale uma redução de 2% no coeficiente. Por isso, é preciso analisar todos os cenários para saber quando compensa e quando não vale a pena usar a regra do descarte.

Contribuição única

Com a entrada dessa mudança, surgiu o que muitos começaram a chamar de “milagre” da aposentadoria. Essa é uma fórmula usada para aumentar em até quatro vezes o valor dos pagamentos.

Nesse método, são consideradas as contribuições feitas entre julho de 1994 e o dia do pedido de aposentadoria. Basta realizar uma contribuição facultativa em cima do valor do teto do INSS (R$ 6.433,57) para que a média suba bastante, o que consequentemente aumenta o benefício.

Vale destacar que o governo federal está analisando uma medida provisória para impedir a utilização da regra de descarte. Por isso, é importante contratar um especialista previdenciário antes de dar entrada no pedido.

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