Economia
Banco Central volta a autorizar testes para transações no Whatsapp
Nessa primeira fase, a funcionalidade vai ser restrita a um grupo limitado de cartões.
Cada vez mais incluso no cotidiano das pessoas, o Whatsapp pode, em breve, receber serviços de pagamentos e transferências. Na sexta-feira, 31 de julho, o Banco Central (BC) liberou novamente os testes dessas funcionalidades, mas o lançamento comercial ainda não foi autorizado. A informação foi confirmada pela Visa, uma das bandeiras que faz parte desse novo serviço.
Durante o período de testagem, a nova funcionalidade ficará disponível apenas para um grupo limitado de cartões.
Anteriormente, o Banco Central havia interrompido os testes temendo a competição do sistema, que poderia ficar comprometido com a entrada do Whatsapp no mercado. Mas, a testagem foi novamente autorizada e nessa retomada o serviço irá integrar novos participantes do arranjo de pagamentos, como credenciadores e emissores.
A notícia da retomada rapidamente chegou às bolsas de valores e com impacto positivo para a Cielo. Próximo ao fechamento do pregão, as ações da empresa subiam mais de 10%, negociada a 5,34 reais. Por outro lado, o Ibovespa, principal índice do mercado acionário, caía 1,90%.
A Mastercard, bandeira que está envolvida com o novo serviço, disse que pediu ao BC a integração de novos emissores interessados e, no momento, aguarda definição oficial.
Apesar de ter tomado outros contornos recentemente, a parceria entre o Facebook, dono do aplicativo, e Cielo foi anunciada em 15 de junho. A intenção é oferecer ao consumidor final – estabelecimentos comerciais e pessoas físicas – a funcionalidade de pagamentos pelo aplicativo de mensagens.
Todavia, essa primeira fase não durou muito. Em 23 de junho, o BC pediu a suspensão da modalidade de pagamento, alegando que a nova solução dependia de autorização prévia do regulador. Ao encontro da decisão, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) emitiu, no mesmo dia, uma decisão suspendendo a parceria.
Não demorou muito para que o Cade revisse sua decisão. Uma semana depois, considerou que as empresas forneceram informações suficientes para acalmar a autarquia.
A Mastercard e a Visa entregaram a proposta do projeto ao BC, que informou que o pleito está em análise e segue o processo normal de aprovação.
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