Bancos
BC: ‘prévia do PIB’ avança 2,9% em 2022
Resultado positivo do IBC-Br no ano passado não deverá se repetir em 2023
Confirmando as previsões anteriores em relação ao comportamento da economia, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) – mais conhecido como prévia do PIB – avançou 2,9% em 2022 em relação ao ano anterior, divulgou, nesta quinta-feira (16), o Banco Central (BC).
Em que pese o bom desempenho do indicador econômico, as perspectivas são de desaceleração da atividade produtiva, por conta da manutenção, em patamar elevado (13.75% ao ano) da taxa básica de juros (Selic), único instrumento disponível pela autoridade monetária para combater a inflação, igualmente alta. Mais: não há qualquer perspectiva de corte dos juros, a princípio, previsto para ter início em meados deste ano.
Outro dado que reforça a tendência de desaquecimento econômico seria o comparativo com o comportamento do PIB em 2021, quando este cresceu 4,68%. Nesse aspecto, como os períodos analisados são iguais, o cálculo percentual é feito sem ajuste sazonal – compensação feita quando são analisadas épocas distintas do ano.
Na verdade, a divulgação do resultado oficial do PIB só deverá ocorrer no próximo dia 2 de março, por parte do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Antes, porém, o mercado financeiro – por meio do Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo BC – já havia projetado alta de 3% para o PIB no ano passado.
Certo mesmo é que a economia brasileira já ‘pisou no freio’, haja vista a projeção mais recente da autarquia, de um avanço pífio de 0,76% em 2023, ainda assim inferior à estimativa de uma semana atrás, que apontava uma expansão de 0,79%,
Desde agosto de 2022 – em plena campanha presidencial, quando foi elevada pelo BC de 9,25% ao ano para os atuais 13,75% ao ano – a Selic tem exercido impacto, tanto sobre investimentos, na criação de empregos, assim como poder aquisitivo da população.
Embora pareçam próximos, o IBC-Br e o PIB possuem cálculos diferenciados, uma vez que o segundo indicador inclui estimativas sobre o desempenho da agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além de impostos, mas não leva em conta a demanda – esta última, incluída no cálculo do PIB pelo IBGE.
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