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Economia

Bradesco (BBDC4): crise hídrica pode pressionar inflação

“Mercado não precificou ruídos político-eleitorais”, afirma executivo do banco

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Crédito: Folha SP

O agravamento da crise hídrica do país poderá contribuir para a escalada da inflação, aponta o economista-chefe e diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômico do Bradesco, Fernando Honorato Barbosa, para quem o mercado “ainda não precificou inteiramente os ruídos políticos e eleitorais, mas tem mantido o foco no comportamento dos preços, de um lado, e das contas públicas, por outro”.

Situação incômoda – Na sua a avaliação, “os preços de mercado, bolsa, câmbio e curva de juros podem redundar em novos repiques inflacionários”. Ao definir como incômoda a situação inflacionária atual – o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) projetado para o ano marca hoje 8,99% – Barbosa condiciona a previsão de inflação, de 7,8% (2021) e de 3,3% (2022) a fatores diversos, como alta dos alimentos, por sua vez, ‘puxados’ pelas commodities, além de estímulos fiscais, auxílio emergencial, taxa de câmbio e a própria crise hídrica.

Período crítico – Em que pese a estiagem prolongada, o diretor do Bradesco entende que as chances de ocorrer racionamento de energia nos próximos meses ainda são consideradas ‘baixas’, caso se concretize um cenário de chuvas em volume correspondente a 60% da média histórica, em que o nível dos reservatórios esteja próximo de 11%, no período mais crítico. Caso a crise energética se agrave, o executivo admite que o PIB poderá crescer pouco e a inflação, muito.

2022 em risco – Também conspiram contra o crescimento econômico em 2022, prossegue Barbosa, fatores como o impasse sobre o pagamento dos precatórios (e seu bilionário impacto fiscal); perdas de arrecadação decorrentes da reforma tributária e o Auxílio Brasil (ex-Bolsa Família), entre outros. Na hipótese de se confirmarem todos esses fatores negativos, Barbosa estima que a dívida pública poderia passar dos atuais 85% para 90% do PIB, inflando para dois dígitos a taxa básica de juros (Selic).

 

 

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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