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Commodities

Brasil já comprou 225 mil t de arroz de fora do Mercosul, diz Ministério

Importações de países de fora do Mercosul estão dentro de uma cota de 400 mil toneladas sem tarifa.

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O Ministério da Agricultura do Brasil disse nesta sexta-feira que o país já comprou um total de 225 mil toneladas de arroz dos Estados Unidos, Índia e Guiana, produtos esses deverão entrar em terras brasileiras na segunda metade de outubro e em novembro.

Essas importações de países de fora do Mercosul estão dentro de uma cota de 400 mil toneladas sem tarifa, e teriam potencial de reduzir os preços recordes do arroz, afirmou a pasta em nota.

A notícia confirma as informações de que o país havia negociado cerca de 200 mil toneladas dentro da cota isenta de tarifas de 10% para o arroz em casca e de 12% para o beneficiado, dada pela associação Abiarroz.

O governo dos Estados Unidos informou na quarta-feira que registrou venda de 71,1 mil toneladas de arroz ao Brasil, mas não detalhou na ocasião se essa quantidade está dentro do total de negócios já fechados entre os países.

Segundo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), os EUA já exportaram para o Brasil 108,3 mil toneladas de arroz neste ano, a maior venda do produto pelos norte-americanos aos brasileiros em um ano desde 2003. No recorde anterior, foram importadas 486,45 mil toneladas no ano.

Durante a pandemia, o aumento do consumo fez os preços dispararem, com alta estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conan) de cerca de 5% em 2020, para aproximadamente 11 milhões de toneladas.

Segundo a Conab, a elevação dos preços é resultado do país ter iniciado este ano com estoques relativamente pequenos, nos menores níveis desde 2014.

“O aumento no consumo interno provocado pelo crescimento da alimentação em domicílio por efeito da pandemia de Covid-19 resultou na elevação de preços de alimentos básicos, como arroz e feijão”, disse Sílvio Farnese, diretor de Comercialização e Abastecimento da pasta.

Ao mesmo tempo, os embarques do Brasil cresceram cerca de 65% no acumulado até setembro, para 1,207 milhão de toneladas, segundo dados do governo, com um câmbio favorável impulsionando a redução da oferta doméstica.

O aumento da demanda mundial de alimentos com a preocupação da segurança alimentar criou no país um cenário propício ao aumento das exportações de arroz em ritmo recorde em relação aos anos anteriores, explicou Farnese.

Segundo ele, a pressão do comportamento cambial com a desvalorização do real e o aumento nas cotações externas elevam ainda mais a pressão exportadora, reduzindo a competitividade da importação.

“Com isso, o equilíbrio entre a oferta e demanda interna ficou bastante ajustado criando um comportamento favorável à elevação nas cotações internas de forma recorde”, disse ele.

No ano que vem, a perspectiva é de crescimento na produção de arroz do Brasil de 7,2% na comparação com a temporada anterior.

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