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Economia

Brasil vai taxar Google, Instagram e Amazon? Veja o que se sabe

Governo nega que vá taxar Google, Amazon e Spotify como resposta às tarifas dos EUA sobre aço e alumínio.

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Em meio à escalada das tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos, surgiu a especulação de que o governo brasileiro estaria estudando a taxação sobre gigantes da tecnologia, como Google, Amazon, Facebook, Instagram e Spotify.

A medida seria uma possível resposta às tarifas de até 25% que os EUA cogitam impor ao aço e ao alumínio importados.

No entanto, o ministro da Economia, Fernando Haddad, desmentiu a informação e afirmou que não há qualquer movimento oficial do governo para adotar a chamada “digital tax” como retaliação.

Disputa comercial reacende debate sobre taxação de big techs

A possível taxação de big techs no Brasil ganhou força após os EUA anunciarem tarifas sobre aço e alumínio. (Foto: Andrew Patrick Photo/Pexels)

As discussões sobre uma possível taxação de serviços digitais não são novas e vêm ganhando força em diversos países, especialmente na Europa. Países da OCDE já adotaram medidas semelhantes, e o tema também já foi debatido anteriormente no Brasil.

No contexto atual, a ideia voltou à tona após os Estados Unidos indicarem que poderiam aumentar tarifas sobre aço e alumínio. O Brasil, um dos maiores exportadores desses materiais para o mercado americano, poderia sofrer impactos significativos com a medida.

Fontes do setor econômico avaliam que a taxação de serviços digitais poderia ser usada como instrumento de negociação. À Folha de S.Paulo, uma fonte afirmou que plataformas como o Spotify, por exemplo, faturam bilhões no Brasil sem pagar tributos diretos no país.

Haddad nega relação entre taxação e disputa com os EUA

Diante da repercussão, Fernando Haddad foi às redes sociais para negar qualquer vinculação entre a possível taxação de empresas de tecnologia e a disputa comercial com os EUA.

“Para não deixar dúvidas, não é correta a informação de que o governo Lula deve taxar empresas de tecnologia caso os Estados Unidos imponham tarifas ao Brasil”, escreveu no X (antigo Twitter).

O governo brasileiro segue acompanhando os desdobramentos da possível nova política tarifária dos EUA para decidir quais medidas poderá adotar futuramente.

Outros países já adotam a taxação de gigantes da tecnologia

Embora o governo brasileiro negue planos imediatos para a criação de uma digital tax, essa medida já é realidade em diversos países. Na Europa, França, Itália e Reino Unido implementaram impostos sobre grandes plataformas digitais para compensar a ausência de tributação local.

A justificativa é que essas empresas geram receitas expressivas sem contribuir proporcionalmente aos cofres públicos.

Nos Estados Unidos, estados como Maryland aprovaram leis para taxar a receita de publicidade digital de empresas como Google e Facebook.

O objetivo é equilibrar a concorrência com negócios locais que pagam impostos tradicionais. A medida, no entanto, gerou reações das próprias empresas e de entidades do setor de tecnologia.

O debate sobre a taxação de serviços digitais também ocorre na Ásia e na América Latina. Índia e México, por exemplo, já impõem tarifas a plataformas estrangeiras que operam em seus territórios.

Enquanto isso, no Brasil, a discussão permanece em aberto, mas sem qualquer confirmação oficial de que uma medida será adotada no curto prazo.

Estudante de jornalismo, no segundo semestre. Trabalhei como redator na Velvet durante três anos.

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