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BTG avalia que ação da Vale precifica efeito de US$18 bi por danos e há janela para mais ganhos

Cálculo sobre a precificação de danos é baseado em um múltiplo de 4,5 vezes a meta de Ebitda para 2021, disse a equipe do banco.

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Analistas do BTG Pactual estimaram em relatório nesta quarta-feira que as ações da Vale precificam um danos monetário de de cerca de 18 bilhões de dólares, vindo de prejuízos relacionados a risco de quantidade de produção, provisões extras, questões de ESG, entre outros.

Dessa forma, mesmo um acordo bilionário pelo desastre de Brumadinho (MG) poderia corresponder a uma fração dos efeitos precificados, o que abre margem para as ações da companhia continuarem se valorizando, após um recorde histórico atingido na segunda-feira, disse o banco em sua análise.

De acordo com Leonardo Correa e Caio Greiner, o cálculo sobre a precificação de danos baseia-se em um múltiplo de 4,5 vezes a meta de Ebitda para 2021, que, para eles, ainda reflete um nível alto de risco, assim como desconto significante frente a mineradoras australianas e níveis históricos de negociação.

“Assim, mesmo que a Vale acrescente provisões e faça um acordo com o governo de Minas Gerais, no valor de cerca de 4 bilhões de dólares (cerca de 21 bilhões de reais), isso ainda seria apenas uma fração do dano precificado na ação –‘apenas’ 25%-30%”, disseram.

Na terça-feira, uma audiência entre representantes do governo e da mineradora sobre reparações pelo desastre de Brumadinho (MG) em 2019, que matou cerca de 270 pessoas, terminou sem um consenso.

O secretário-geral do Estado, Mateus Simões, afirmou que o governo mineiro acha que a proposta da Vale de um acordo global de cerca de 21 bilhões de reais está bem abaixo do esperado. As partes voltarão a se reunir no dia 9 de dezembro.

Considerando tudo isso, o time do BTG disse acreditar que as ações podem continuar acumulando ganhos, mesmo se a Vale fechar um acordo multibilionário com o governo, já que alguém poderia se posicionar a favor de um ‘re-rating’.

Muitos observadores considerariam um acordo com as autoridades um catalisador para os papéis, “já que todas as questões seriam resolvidas e, finalmente, a página seria virada”, disseram Correa e Greider.

O BTG manteve sua recomendação de ‘compra’ para os papéis da Vale no relatório desta quarta, argumentando que eles estão subvalorizados. O preço-alvo para os ADRs da Vale é de 14 dólares.

Às 15:10, as ações da mineradora vendidas na bolsa paulista operavam perto da estabilidade, a 66,95 reais, após renovarem máxima histórica na terça-feira, ao passo que o Ibovespa recuava 0,4%. Em Nova York, os American Depositary Receipts (ADR) da Vale avançavam 0,6%, a 12,64 dólares.

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