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Economia

FGTS em risco? Após R$ 96,7 bi em saques desde 2017, Caixa faz alerta

Dados da Caixa Econômica Federal mostram que saques emergenciais do FGTS entre 2017 e 2020 totalizaram R$ 96,7 bilhões.

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FGTS

A Caixa Econômica Federal teme pela integridade do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) se novas retiradas foram autorizadas nos próximos meses. Entre os anos de 2017 e 2020, os saques liberados para aquecer a economia totalizaram R$ 96,7 bilhões e atenderam cerca de 118 milhões de trabalhadores.

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Atualmente, 121 projetos em tramitação no Congresso Nacional preveem novas rodadas de saque. Caso fossem aprovados, o impacto nas contas do FGTS seria de R$ 4,6 trilhões, cerca de oito vezes o ativo total do fundo (R$ R$ 570,3 bilhões) ou 40 vezes seu patrimônio líquido (R$ 113,1 bilhões).

O estudo apresentado pela Caixa à Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados pretende demonstrar que as propostas estão além da capacidade financeira do fundo. Nesse sentido, o Conselho Curador busca evitar a implementação de novas medidas.

Dentre as 23 modalidade de saque existentes hoje, as mais utilizadas são as de demissão do trabalhador sem justa causa, compra da casa própria, aposentadoria, saque-aniversário e doenças graves. No ano passado, as retiradas nessas categorias corresponderam a R$ 129 bilhões.

O governo considera o FGTS uma grande fonte de recursos, visão que ganhou força durante a pandemia. Mas além de ter aumentado o número de saques por rescisão, a crise também afetou a arrecadação do fundo.

Desde 2020, os subsídios oferecidos pelo programa Casa Verde e Amarela são custeados integralmente pelo FGTS. Neste ano, esses subsídios vão custar por volta de R$ 8,5 bilhões.

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