Cartão de crédito que nada: Pix se firma como queridinho dos brasileiros

É praticamente consenso que, desde que o Pix surgiu, ele passou a ser o principal concorrente do cartão de crédito. Tudo por conta da praticidade e rapidez com que as transações podem ser feitas. E agora, um estudo do Banco Central (BC) confirmou que a novidade caiu mesmo no gosto dos brasileiros. No segundo trimestre de 2022, houve mais de 5,4 bilhões de pagamentos envolvendo o Pix. Comparativamente, foram quase 4 bilhões de pagamentos com cartões de crédito e 3,8 bilhões com cartões de débito.

Não é a primeira vez que isso ocorre. No quarto trimestre de 2021, os pagamentos via Pix, que foi lançado há dois anos, ultrapassaram pela primeira vez aqueles feitos com cartão de crédito. Desde então, a liderança não se perdeu. Recentemente, o Pix chegou à marca de R$ 1 trilhão registrados em transações em apenas um mês. E o número de pessoas e empresas cadastradas atingiu 127,8 milhões e 10,5 milhões, respectivamente.

Com o Pix, qualquer pessoa com conta bancária pode fazer pagamentos e enviar ou receber dinheiro de maneira rápida, grátis e sem complicações, a todo instante. Antes do Pix, movimentação semelhante até podia ser feita, mas apenas em dias úteis e horário comercial, mediante a cobrança de uma taxa bancária. Assim, a inovação revolucionou a forma como o brasileiro lida com dinheiro, facilitando em muito a vida de pequenos comerciantes e empresários. Estes passaram a depender cada vez menos das operadoras de maquinetas de cartão de crédito.

Após o lançamento do Pix, devido a algumas ocorrências envolvendo violência urbana, regras passaram a ser criadas. Atualmente, há um limite padrão de R$ 1 mil para que as transações ocorram, por exemplo, das 20h às 6h, no caso de pessoas físicas e microempreendedores individuais (MEI). Contudo, este valor pode ser alterado pelos próprios clientes, com a possibilidade de configuração personalizada por horários. Em alguns casos, as instituições financeiras também podem reter transações para análise de risco durante um período de 30 minutos, no decorrer do dia, ou 60 minutos, à noite.

Ainda assim, o Pix se firmou como uma ferramenta presente no cotidiano dos brasileiros. Dessa forma, o BC informou que ele impulsionou o crescimento anual de 40% na totalidade das transações realizadas no ano passado. Também em razão disso, o celular se transformou no principal meio para realizar compras. Cerca de 60% de todos os pagamentos feitos em 2021 foram por via do aparelho, presumidamente em razão do Pix e também por conta das funcionalidades dos aplicativos Internet Banking.