Economia
Klara Castanho: Cofen vai investigar vazamento de informações sigilosas
Após o assunto vazar na internet e a atriz relatar tudo que sofreu dentro do hospital, o Cofen anunciou que está apurando a denúncia.
No último dia 25, a atriz Klara Castanho publicou uma carta aberta sobre um vazamento de informações sigilosas que aconteceu nas redes sociais, onde diziam que ela havia engravidado e colocado o bebê para adoção. No comunicado, ela relatou que havia sido estuprada, e que a gravidez foi fruto dessa violência.
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Na carta, Klara relata que não tinha condições psicológicas de criar a criança, devido à violência e trauma do que passou, então optou pela entrega voluntária do bebê para adoção. Ela também disse que foi ameaçada por uma enfermeira, que teria falado sobre divulgar o acontecido para a imprensa.
Após o assunto vazar na internet e Klara relatar tudo que sofreu dentro do hospital, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) anunciou que está apurando a denúncia da atriz de 21 anos.
“Casos assim devem ser rigorosamente punidos, para que não mais se repitam. Da mesma forma, devem ser execrados comunicadores que deturpam a função social do jornalismo para destruir a vida das pessoas. Vida privada não é assunto público”, afirma o Conselho.
Além disso, o anúncio manifestava solidariedade para Klara, e informava que todas as providências seriam tomadas para responsabilizar quem vazou as informações.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) assegura a privacidade em casos de entrega voluntária para adoção, porém Klara teve seu direito violado por funcionários do hospital, que vazaram a informação a colunistas.
O hospital onde a atriz ficou internada também se manifestou por meio de uma nota, onde informava que abriria uma sindicância interna para investigar o acontecido.
Na nota, que foi postada no dia 26, a instituição afirmou que “tem como princípio preservar a privacidade de seus pacientes bem como o sigilo das informações do prontuário médico. O hospital se solidariza com a paciente e familiares e informa que abriu uma sindicância interna para a apuração desse fato”.
Na carta aberta, Klara Castanho diz que sua triste história se tornou pública contra seu desejo, e que momentos após o parto uma enfermeira a abordou, ameaçando divulgar a história. Pouco tempo depois, ela diz ter recebido uma mensagem de um colunista que já sabia sobre o acontecido.
Além de tudo isso, ela relata ter sido violentada por médicos, que a obrigaram a ouvir o coração do bebê em uma consulta, a enchendo de culpa. Ela também contou que relatou ao médico sobre o estupro e ele não demonstrou nenhuma empatia.
“O médico não teve nenhuma empatia por mim. Eu não era uma mulher que estava grávida por vontade e desejo, eu tinha sofrido uma violência. E mesmo assim, o profissional me obrigou a ouvir o coração da criança, disse que 50% do DNA eram meus e que eu seria obrigada a amá-lo.”
Segundo a atriz, a criança nasceu poucos dias depois da descoberta da gravidez, e então ela procurou uma advogada para fazer a entrega legal.
O caso foi exposto pela primeira vez pelo jornalista Matheus Baldi, no dia 24 de maio. No post, ele anunciava que Klara havia dado à luz a uma criança, mas a atriz pediu que o post fosse apagado e assim ele fez.
Porém, no dia 23 de junho, a apresentadora Antonia Fontenelle comentou sobre o assunto em uma live. Mesmo não falando o nome de quem se tratava, ela comentou que uma atriz de 21 anos havia entregue seu bebê para adoção, tudo isso em tom agressivo.
Logo depois que Klara publicou a carta, Léo Dias divulgou todas as informações sobre o caso. Tanto o colunista quanto Antonia Fontenelle podem responder por difamação.
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