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CEB é privatizada pelo Grupo Neoenergia em negócio de R$2,5 bi

Leilão foi marcado por um ágio de 76,63%, segundo informações da B3.

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A Companhia Energética de Brasília (CEB) foi privatizada nesta sexta-feira pela Bahia Geração de Energia, uma empresa do grupo Neoenergia, em um negócio de 2,515 bilhões de reais.

Segundo dados da B3, que realizou o certame, o leilão foi marcado por um ágio de 76,63%. O preço mínimo pela totalidade do ativo era de cerca de 1,4 bilhão de reais.

O grupo vencedor, controlado pela espanhola Iberdrola, disputou lance a lance com a CPFL, controlada pela chinesa State Grid, cuja proposta final foi de 2,508 bilhões de reais.

Além da CEB, a CPFL também havia mostrado interesse pela gaúcha CEEE-D, que também deve ser desestatizada.

A oferta inicial do leilão, que contou com mais de dez ofertas de CPFL e Bahia Geração de Energia, foi feita pelo grupo Equatorial, de 1,485 bilhões de reais.

O movimento de venda da unidade de distribuição pelos acionistas da CCEB ocorreu em meio a riscos de a companhia perder a concessão para prestação de serviços, já que não tem cumprido metas definidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para qualidade do atendimento e equilíbrio econômico-financeiro das operações.

A reguladora poderia entrar com processo de caducidade da concessão, podendo levar o Distrito Federal a pagar cerca de 1 bilhão de reais para liquidar a CEB-D, entre custos com funcionários e quitação de dívidas.

A privatização da CEB-D é “um marco histórico”, uma vez que vai gerar obras e investimentos no Distrito Federal, bem com aliviar o caixa do Estado, disse o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, presente no certame.

Segundo Montezano, a venda da CEB-D ilustra a “magia da desestatização”. A privatização vai levar 5 bilhões de reais em investimentos para a região, ainda de acordo com ele.

O presidente do BNDES também informou que a operação é mais uma fase de privatizações em curso no Brasil, que envolverão ativos de elétrica no Rio Grande do Sul, além de saneamento e rodovias.

O leilão foi concluído a despeito de uma decisão judicial no final da noite de quinta-feira, que suspendeu a deliberação feita na 103ª Assembleia-Geral Extraordinária da CEB, que deu o aval para a alienação da CEB-D sem legislação autorizava prévia.

A B3 não retornou aos pedidos de comentários.

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