Cerveja de 400 anos voltará a ser vendida em breve: veja do que ela é feita

A cerveja mais antiga da América Latina que se tem notícia pode ser comercializada em breve. Isso porque especialistas no Equador conseguiram ressuscitar uma levedura de 400 anos, potencialmente abrindo caminho para a reprodução da cerveja.

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O bioengenheiro equatoriano Javier Carvajal foi o responsável por essa descoberta única, encontrando o espécime de levedura em um antigo barril de carvalho. A levedura é considerada crucial para recriar a fórmula de uma bebida que foi produzida pela primeira vez em Quito, em 1566, pelo frade Jodoco Ricke, um franciscano de origem flamenga. Acredita-se que Ricke tenha introduzido trigo e cevada na cidade.

Carvajal, que já havia trabalhado na recuperação de outras leveduras, ficou sabendo da cervejaria franciscana histórica em Quito por meio de revistas especializadas em cerveja. Após um ano de busca, ele encontrou um barril da antiga cervejaria no Convento de San Francisco em Quito, um complexo que hoje funciona como museu.

Depois de extrair um fragmento de madeira do barril, Carvajal utilizou um microscópio para identificar um minúsculo espécime de levedura, que conseguiu reviver após um longo processo de cultivo.

Cerveja mais antiga da AL pode ser lançada em breve

Através de pesquisa meticulosa e testes, Carvajal conseguiu obter informações suficientes para recriar a cerveja com seus sabores originais de canela, figo, cravo e cana-de-açúcar. Ele preencheu as lacunas na receita e, após uma década de dedicação, começou a produzir a cerveja em sua própria casa em 2018. No entanto, devido à pandemia, suas tentativas de comercialização foram frustradas. Ainda não há uma data definida para o lançamento ou o preço do produto.

A cerveja, no entanto, deve ter sua comercialização certa. Historiadores destacam que a cervejaria no Convento de San Francisco foi a primeira da América hispânica, iniciando suas atividades em 1566.

Com o avanço da tecnologia na indústria cervejeira, antigas fórmulas começaram a desaparecer e a cervejaria fechou em 1970. Para Carvajal, reviver a levedura e os métodos tradicionais de produção da antiga cerveja foi movido pelo amor ao “valor do intangível”. As informações são provenientes da AFP.