Ciência e natureza: Plantas com genes aprimorados para combater pragas!

Inúmeros insetos assolam as plantas diariamente em seus habitats naturais, e, por conta disso, os agricultores acabam tendo que espantar todos eles com a ajuda dos agrotóxicos. No entanto, esses produtos químicos são extremamente prejudicais à saúde humana.

Sendo assim, um grupo de cientistas valencianos descobriu uma forma de modificar os genes de uma planta para espantar as mariposas. A espécie em foco foi a Nicotiana Benthamiana, pertencente à família do tabaco. Segundo o pesquisador Rubén Mateos, a planta escolhida é muito utilizada em laboratório, por ser manejável.

A descoberta feita pelos cientistas

Através da aplicação de técnicas avançadas de engenharia genética, o grupo incorporou genes de mariposas na planta, estabelecendo um caminho metabólico capaz de “produzir feromônios femininos”.

Após a produção da substância, a planta cria uma espécie de nuvem de feromônios capazes de deixar os machos afastados das fêmeas, pois elas não conseguem chamá-los. Segundo Elena Moreno, uma das escritoras do artigo, as pragas não se desenvolvem dessa forma. Segundo ela:

“Fora das plantações, a espécie continua a viver bem, então também evitamos danos colaterais de outros pesticidas ou outras armadilhas.”

Os pesquisadores também revelaram que apenas uma espécie é afetada por conta do hormônio, sendo ela a mais prejudicial para as lavouras.

A alteração genética feito pelos cientistas foi feita por meio de uma bactéria, e Rubén Mateos relata:

“O que fazemos é introduzir um tipo de Agrobacterium com os genes específicos que queremos para que infecte as células de uma folha.”

Pesquisa ainda poder ser trabalhada

A pesquisadora Elena complementa:

“O que estamos propondo é uma forma de expressar esses genes apenas quando quisermos. A ideia é que as plantas só possam emitir esses feromônios quando atingirem um nível ótimo de crescimento.”

Além disso, os cientistas revelaram que a pesquisa ainda pode ser trabalhada para combater outros tipos de pragas existentes e que o método também pode ser utilizado em cochonilhas.