Ciência salva vidas: Novidade elimina testes cosméticos em animais!

Uma das pautas mais discutidas com o passar dos anos é a prática de testar produtos cosméticos em animais. Pensando nessa polêmica, os cientistas da USP desenvolveram uma pele artificial, produzida por meio de bioengenharia, que se mostrou eficiente para mudar o curso da história.

Os resultados da pesquisa foram divulgados pela revista Bioprinting. Em uma entrevista para o UOL, a professora Silvya Maria-Engler, titular do departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, disse que ela logo ela poderá ser usada para outros objetivos.

“Por exemplo, uma empresa cosmética obteve novo princípio ativo que apresentou um grande potencial antioxidante. Porém, ainda não se sabe se este efeito vai ocorrer quando aplicado sobre a pele humana. Assim, podemos verificar qual a eficácia desse efeito antioxidante“, disse a cientista.

Ou seja, através do novo recurso, é possível descobrir a fundo quais os efeitos das substâncias no nosso organismo, por exemplo, se elas causarão ou não irritação e alergias no indivíduo. Esse conhecimento não é possível em testes comuns.

“Outro exemplo é comparar filtros solares que já têm seu fator de proteção solar [FPS] e verificar qual deles não causa lesões no DNA após irradiação ultravioleta. Também podemos simular doenças, como dermatite atópica ou câncer de pele e testar a eficácia de potenciais medicamentos para a cura dessas doenças”, acrescenta.

Segundo a professora, os novos métodos como a pele artificial e também os modelos de pele humana in vitro já podem ser utilizados para acabar com os testes realizados em animais. Ela também defende que os resultados são muito mais precisos.

Pele artificial não é nova

Apesar de a pele artificial ser um passo em direção ao futuro para eliminar o uso de substâncias cosméticas em animais, essa tecnologia não é nova. A diferença é que a tecnologia vem sendo aprimorada com o passar do tempo para chegar ao que é hoje.