Saúde
Cientistas descobrem o motivo dos transtornos de ansiedade; saiba mais
Durante a pesquisa, foi estudada a proteína PRDM2, responsável por suprimir a expressão de alguns genes no cérebro. Confira os resultados!
Sentir-se ansioso é normal, pois esse sentimento faz parte da vida de qualquer ser humano. No entanto, a ansiedade pode se tornar uma patologia quando fica incontrolável. Essa sensação possui como base o medo, que é responsável por nos manter alertas para situações perigosas. Ela ainda nos auxilia a reagir frente a situações que causam temor, servindo como uma ferramenta do nosso corpo para nos manter seguros.
Recentemente, cientistas conseguiram identificar quais são os mecanismos cerebrais que nos causam essa sensação, que é responsável por nos fazer lembrar de coisas ruins de maneira inapropriada. Essa é uma sensação que teoricamente deveria ser passageira, todavia, em algumas situações, ela pode permanecer de forma constante, tornando-se um transtorno.
Levando em consideração a teoria de que algumas pessoas possuem propensão a desenvolverem medos patológicos, especificamente devido a distúrbios no processamento de memórias pelo cérebro, cientistas da Universidade de Linköping, na Suécia, iniciaram uma pesquisa para investigar e compreender mais sobre essa doença.
A pesquisa foi realizada através de um estudo com ratos e a proteína estudada durante essa investigação foi a PRDM2, que é responsável por suprimir a expressão de alguns genes no cérebro.
Nesse sentido, o que foi analisado durante a pesquisa foi a relação entre os níveis reduzidos dessa proteína e a sua influência no processamento de recordações de medo (suprimindo sua ação nos roedores). A partir disso, foi identificado um mecanismo: a atividade na rede entre os lobos frontais do cérebro e a amígdala aumentou junto com as reações de medo.
Dessa maneira, outros estudos apontaram que os níveis da PRDM2 são menores em sujeitos que possuem dependência de álcool, o que eleva os níveis de estresse. Isso comprova que o abuso dessas substâncias pode, sim, ter correlação com a ansiedade patológica.
Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica Molecular Psychiatry e indicam que as pessoas que possuem transtornos de ansiedade e outros distúrbios relacionados podem acabar se beneficiando de tratamentos que eliminem memórias de medo.
No entanto, a regulação negativa do PRDM2 infelizmente ainda não pode ser manipulada pela ciência; contudo, a descoberta de que essa proteína, quando escassa, é responsável pelo aumento da ansiedade já é um avanço no que diz respeito aos possíveis tratamentos de doenças relacionadas ao medo.
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