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Economia

Comissão Europeia vê nova onda de Covid-19 gerar riscos à recuperação econômica

Recuperação será menor que o previsto devido a uma segunda onda de coronavírus.

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A Comissão Europeia previu nesta quinta-feira que zona do euro sairá em 2021 da recessão nunca antes vista ocasionada pela pandemia de coronavírus de 2020, mas a recuperação será menor do que o previsto devido a uma segunda onda de infecções pela doença.

Mas a UE advertiu, em suas previsões econômicas para as 27 nações da União Europeia e os 19 países que compartilham o euro, que a as previsões carregam um alto grau de incerteza.

A expectativa de crescimento da zona do euro em 2021 foi cortada dos 6,1% estimados em julho para 4,2%, e a entidade espera expansão de 3% em 2022 na esteira da recessão inédita de 7,8% deste ano.

De acordo com a Comissão Europeia, sua previsão considerou que as restrições relacionadas à Covid continuarão em certa medida até 2022, mas que serão relaxadas gradualmente no ano que vem e que seu impacto econômico será reduzido ao longo do tempo.

A estimativa também pressupõe de que não haverá um acordo comercial entre a UE e o Reino Unido em vigor em 1º de janeiro de 2021, quando chega ao fim o atual período de transição, e que o comércio se baseará nos termos da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Quarto trimestre

A Comissão Europeia aposta que a economia da zona do euro encolherá 0,1% no quarto trimestre ante os três meses anteriores por causa de novas restrições adotadas para conter a segunda onda de coronavírus.

As novas infecções devem afetar principalmente Irlanda, França e Bélgica, e a economia irlandesa deve despencar 1,1% na comparação trimestral, enquanto a francesa deve cair 1% e a belga ceder 0,7%.

Por outro lado a Alemanha, a maior economia do grupo, deve fecharos últimos três meses do ano com crescimento de 0,6% em relação ao período anterior, ainda de acordo com a Comissão.

A inflação da zona do euro, que o Banco Central Europeu vem tentando manter abaixo, mas próximo dos 2% no médio prazo, deve continuar em 0,3% em 2020, subindo para 1,1% em 2021 e 1,3% em 2022.

O desemprego da zona do euro deve cair de 7,5% de 2019 para somente 8,3% neste ano, apesar da recessão, graças às medidas governamentais de trabalho reduzido adotadas no início da pandemia. Contudo, a taxa deve avançar para 9,3% em 2021 e voltar a recuar para 8,9% em 2022.

A Comissão acredita que a pandemia afetará bastante as finanças públicas, com o déficit orçamentário agregado da zona do euro tendo alta para 8,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020.

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