Agronegócio
Consolidando o maior ciclo deflacionário da série, IPP cai 0,66% em março
Recuo acumulado de 2,32% em 12 meses dos preços industriais decorre de desvalorização acentuada das commodities
Termômetro da evolução dos preços de produtos na “porta da fábrica” (sem considerar impostos e fretes), da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação, o IPP (Índice de Preços ao Produtor) apresentou deflação de 0,66% em março, configurando o sétimo recuo nos últimos oito meses, informou, nesta sexta-feira (28), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A única exceção, da série de quedas – agosto de 2022 (-3,04%), setembro (-1,89%), outubro (-0,86%), novembro (-0,52%), dezembro (-1,26%), fevereiro de 2023 (-0,29%) – ocorreu em janeiro deste ano, quando avançou 0,29%. Levando em conta o acumulado em 12 meses, a deflação de março é a mais expressiva da série história do instituto.
Em nota oficial, o gerente do IPP no IBGE, Felipe Câmara acentua que “a trajetória de redução dos preços iniciada na segunda metade de 2022 culminou em março em um acumulado em 12 meses de -2,32%. Desde setembro de 2019, o IPP não registrava uma deflação acumulada em 12 meses e a taxa registrada em março é a mais intensa em toda a série histórica”.
Durante a pandemia, lembra Câmara, “os preços das commodities e insumos importados apresentaram altas acentuadas, seguidas por um movimento continuado e significativo de redução, o que exerceu forte impacto nas cadeias de produção em em ‘setores-chave’ para a disseminação e determinação de preços na indústria doméstica, como é o caso da cadeia derivada do petróleo ou de alimentos”.
Se considerada apenas a indústria extrativa, o resultado é uma alta de 0,68% no mês passado, depois do avanço de 3% em fevereiro. Já a indústria da transformação, por sua vez, recuou 0,73% em março último, depois de cair 0,45% no mês anterior.
Por atividades industriais, 12 das 24 pesquisadas pelo IBGE em março registraram redução, no comparativo mensal, com destaque para refino de petróleo e biocombustíveis (-4,10%); papel e celulose (-2,42%); outros produtos químicos (-1,41%) e calçados e produtos de couro (1,28%).
Para o declínio do indicador, à de refino de petróleo e biocombustíveis foi a que mais contribuiu com o resultado geral, no comparativo mensal, recuando 0,48 ponto percentual (p.p.), seguido por outros produtos químicos (-0,12 p.p.); alimentos (-0,11 p.p.) e papel e celulose (-0,08 p.p.).
Na avaliação de Felipe Câmara, “refino é o grande destaque a influenciar o resultado do mês, mas também é central para compreender um movimento mais duradouro de recuo nos preços industriais que vem acompanhando a dinâmica das commodities no mercado internacional. A trajetória de redução dos preços iniciada na segunda metade de 2022 culminou em março em um acumulado em 12 meses de -2,32%. Desde setembro de 2019, o IPP não registrava uma deflação acumulada em 12 meses e a taxa registrada em março é a mais intensa em toda a série histórica”.
De acordo com Câmara, no cerne da deflação continuada dos preços na porta de fábrica está a trajetória de queda do barril de petróleo (principal matéria-prima da indústria de refino), desde o segundo semestre de 2022, assim como ocorreu com os fertilizantes, que integram o setor de outros produtos químicos.
No caso dos alimentos, o gerente da pesquisa assinala que as reduções de preço decorrem do aumento da oferta de produtos com grande peso no setor. Neste caso, prossegue Câmara, as desvalorizações anteriores da carne e do leite deram lugar à depreciação dos derivados da cadeia da soja, o que pressionou para baixo os preços ao produtor. “Os preços do grão, do farelo e do óleo estão em queda, e essa redução pode ser associada ao período de colheita de uma safra expressiva”, arremata. Em que pese o efeito positivo da valorização dos preços do minério de ferro, as indústrias extrativas acusam retração acumulada de 20,31% nos últimos 12 meses – décimo resultado negativo consecutivo.

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