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Tecnologia

Controvérsia: robôs no tratamento da saúde mental – avanço ou risco?

Estudo feito no Reino Unido avaliou diferença entre robô humanoide e robô com design de brinquedo no tratamento de questões mentais

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O avanço dos robôs não para. Pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, miram no tratamento de saúde mental em ambiente de trabalho.

Segundo eles, sessões de bem-estar conduzidas por robôs em local de trabalho podem ser mais eficazes se o design do equipamento for bonito e agradável.

A equipe de pesquisadores implantou dois modelos de robôs, com vozes, materiais de treinamento e expressões faciais idênticas. Os resultados do teste, no entanto, identificaram uma disparidade.

Os participantes se sentiram mais conectados e à vontade diante do robô com formas de brinquedo em vez daquele que possuía características “humanoides“.

Diferença de expectativa

Os cientistas alegam que, com um robô que lembra um brinquedo ou que tenha traços mais simples, os participantes criam expectativas mais baixas e se soltam mais no diálogo, tornando mais fácil a conversa e o envolvimento entre as partes.

O oposto disso tende a ocorrer, segundo eles, quando as pessoas são colocadas diante de um robô com formato similar ao de um corpo humano. A chance de intimidação e recolhimento é maior nesse tipo de situação.

Modelos de robô

A pesquisa foi realizada durante um período de quatro semanas. Os estudiosos da Universidade de Cambridge implantaram dois modelos: o robô social humanoide QTrobot V2 e o Misty II, considerado o robô mais adorável do mundo.

Ambos foram desenvolvidos para estabelecer interações com seres humanos. O estudo detectou, no entanto, que o Misty foi capaz de criar conexões melhores e mais profundas, em relação ao outro modelo.

Vale destacar que ambos foram programados para terem a mesma personalidade e comportamento, daí a conclusão de que o formato e o design agradável da figura robótica são capazes de influenciar no grau de confiança e intimidação das pessoas.

Uso de robôs

Apesar de polêmico, o avanço do uso de inteligência artificial e robôs no campo da saúde mental tem estimulado diversas pesquisas ao redor do mundo.

Nos últimos anos, alguns resultados promissores foram obtidos, a exemplo desse caso dos cientistas do Reino Unido.

Agora, a mesma equipe pretende aprofundar no tema para criar um modelo de robô que seja agradável, voltado para tratamento de questões mentais em ambiente de trabalho.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

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