Crédito privado se recupera na renda fixa e momento é de investir, afirmam especialistas

No cenário de juros baixos no Brasil, alguns argumentam que a renda fixa deva ser deixada de lado e o pequeno investidor migrar para a bolsa, para obter retornos mais altos em longo prazo. No entanto, existem caminhos que podem ser percorridos ainda na renda fixa e pagando bem, conforme os especialistas, por exemplo com crédito privado.

Em um processo de lenta recuperação, agora é o momento de comprá-los, antes que fiquem caros, como argumentam os investidores. Durante o pior cenário econômico deste ano, os investidores correram para vender cotas de fundos de crédito privado e os gestores de fundos acabaram vendendo títulos bons a preços não tão interessantes, para pagar cotistas.

Ainda em abril, o Índice de Debêntures Anbima – DI (IDA-DI), chegou a registrar uma queda acumulada no ano superior a 8%. Porém, após isso, foi registrada recuperação gradual, assim como em outros investimentos de risco do mundo, mas ainda encontra-se em terreno negativo no ano. Atualmente, o IDA-ID acumula queda de -0,8% em 2020.

Embora o país esteja atrasado na correção dos valores de títulos corporativos, em comparação aos Estados Unidos, não irá tardar para que a demanda dos papéis cresça e, por consequência, haja valorização dos títulos. Os retornos aguardados são ainda mais atrativos nos títulos dos fundos denominados “high grade”.

O analista da Capital Research, Rafael Amaral, visualiza os fundos de crédito privado como uma boa alternativa para composição da carteira diversificada de investimentos. Porém, ele lembra que o investidor precisa estar ciente do estresse de talvez ter suas cotas de fundo com retorno negativo por certo período. Já o assessor do Acqua Investimentos, Gustavo Gazaneo, recomenda o crédito privado para perspectiva de três a seis meses de investimento.