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Credores da Americanas concedem aprovação ao plano de recuperação judicial

Varejista envolvida em fraude contábil.

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Lojas Americanas Ações

Os credores da Americanas (AMER3) deram aprovação ao plano de recuperação judicial da empresa, que contempla uma injeção de R$ 12 bilhões por parte do trio de bilionários e acionistas de referência da companhia.

Essa aprovação é crucial para o processo de recuperação da Americanas, agora aguardando a homologação do plano pela Justiça, marcando o início de um período de dois anos para a sua execução.

O plano inclui uma injeção de R$ 12 bilhões por parte de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, além de mais R$ 12 bilhões em conversão de dívida em ações da empresa.

Mais de 91,1% dos credores respaldaram o acordo após uma discussão que se estendeu por mais de seis horas. Em termos de volume de dívida com a Americanas, 97,2% dos credores apoiaram o plano, atendendo aos requisitos necessários, já que a empresa necessitava de maioria em ambos os cenários.

Americanas (AMER3)

Cabe mencionar que credores trabalhistas e pequenas empresas não participaram da votação, pois as condições de pagamento previamente acordadas com essas partes não foram alteradas, representando menos de 1% da dívida total da Americanas.

A aprovação já era aguardada, pois a Americanas vinha anunciando nas últimas semanas o apoio dos principais credores, como Bradesco (BBDC4), Santander (SANB11), Itaú (ITUB4) e Safra.

O aporte de cerca de R$ 12 bilhões planejado pelo trio de acionistas, do 3G Capital, começou com R$ 1,5 bilhão já injetados, enquanto os R$ 3,5 bilhões restantes serão aportados em até 15 dias após a homologação do plano.

O plano

O plano aprovado pelos credores também inclui a obrigação da Americanas de vender a cadeia de hortifrúti Natural da Terra e sua participação de 70% na Uni.Co, que opera franquias como Puket e Imaginarium. A venda das unidades digitais da Americanas e da fintech Ame também são consideradas, embora não sejam obrigatórias de acordo com o plano.

A Americanas entrou com um pedido de recuperação judicial no início deste ano após descobrir inconsistências contábeis superiores a R$ 20 bilhões.

Balanço

A varejista anunciou que espera divulgar suas demonstrações financeiras dos primeiros três trimestres deste ano até 31 de janeiro de 2024, enfatizando que está concentrando esforços para concluir os trabalhos o mais rapidamente possível. Essa previsão é considerada a “melhor estimativa” pela empresa.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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