Cury estreia com IPO e marca 150 empresas no Novo Mercado da B3

Com a entrada da Cury (CURY3) na bolsa brasileira, nesta segunda-feira, 21, a fila de IPOs continua a caminhar. A construtora é a 14ª empresa a estrear na B3 neste ano. A chegada da empresa especializada em imóveis para baixa renda, em São Paulo e Rio de Janeiro, ocorre com ação a R$ 9,35. O valor foi fixado na última quinta-feira, 17, sendo um número inferior á faixa indicativa de R$ 11 a R$ 14,30, em regulagem realizada diante dos preços que investidores institucionais, como gestoras, estavam propensas a pagar.

A ação da companhia terá negociação no Novo Mercado, setor com padrões mais altos de governança na B3 e que celebra duas décadas de existência neste ano. Desse modo, a Cury será, durante alguns dias, a 150ª companhia da bolsa brasileira no segmento, isso até o próximo IPO ou migração de companhia entre os níveis existentes. 

As estreias de ações em 2020 ocorreram no Novo Mercado, em linha com valorização de padrões de governança por investidores, sendo um dos itens pertencentes aos princípios ESG (sigla de environment, social and governance, em inglês).

A Cury conseguiu recolher R$ 850 milhões, com oferta primária de R$ 170 milhões (quantias para o caixa da empresa) e secundária de R$ 680 milhões (montante para acionistas que oferecem ações à venda). Existia a projeção de que o acumulado poderia ser de R$ 1.150 bilhão, isso se a proposta tivesse sido com o valor da ação no meio da faixa indicativa. 

Mesmo assim, os recursos captados devem avançar para R$ 977,5 milhões com a venda do lote suplementar. Nessa perspectiva, a Cryela permanece como principal acionista, sob posse de 30,97% das ações ordinárias (antes do IPO era 48,25%), ao passo em que Fabio Elias Cury terá 18,30% (34,74% anteriormente). Agora, os outros 38,52% vão ficar em circulação no mercado financeiro.