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CVC registra prejuízo de R$1,15 bi no 1º tri com efeitos da pandemia
Resultado do primeiro trimestre do ano teria sido de prejuízo líquido de cerca de 73 milhões de reais excluindo efeitos não recorrentes.
A CVC, maior operadora de turismo do Brasil, divulgou seu balanço no final da quarta-feira, que mostrou prejuízo de 1,15 bilhão de reais no primeiro trimestre, frente lucro de cerca de 50 milhões no mesmo período do ano passado, afetada pela queda acentuada de demanda causada pelos efeitos da pandemia de coronavírus.
Em setembro, a empresa informou que fechou 2019 com prejuízo de 4 milhões de reais, em resultados que foram revisados após a CVC detectar distorções em sua contabilidade.
O resultado do primeiro trimestre de 2020 teria sido de prejuízo líquido de cerca de 73 milhões de reais excluindo efeitos não recorrentes que incluíram baixa contábil de 637,5 milhões de reais e provisão para perda de créditos fiscais de 302,7 milhões, disse a companhia.
No balanço, ela explicou a baixa contábil como “a redução significativa nas operações da companhia e de suas controladas ao longo de 2020 e as incertezas acerca das perspectivas de retomada das atividades do setor de viagens e turismo”.
“O desempenho da companhia nos meses de janeiro e fevereiro estavam em linha com o cenário projetado para o ano, porém março chegou e com ele a enorme tempestade causada pela pandemia”, acrescentou.
A receita líquida de vendas nos primeiros três meses do ano recuou 18% na comparação ano a ano, enquanto as despesas operacionais subiram 12,7%, ainda segundo o balanço.
Ao final de março, a CVC havia registrado patrimônio líquido negativo em 148,1 milhões de reais em relação a um saldo de 799,2 milhões no fim de 2019.
O primeiro trimestre terminou total disponível caixa e equivalentes de 606 milhões de reais contra 365,7 milhões no final do ano passado. Mas a linha contas a receber encolheu de 3 bilhões para 2 bilhões de reais.
Uma teleconferência com executivos da CV está marcada para a tarde desta quinta-feira para falar sobre os rumos da companhia.
A KPMG falou sobre os resultados, e disse ter “incerteza relevante relacionada com a continuidade operacional” da companhia e que “os planos da companhia consistem substancialmente em realização de aumento de capital e negociação com os debenturistas para repactuação dos vencimentos previstos para 2020”.
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