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Diretor da Vale diz que empresa não vai derrubar mercados de minério de ferro com expansão

Companhia está preparada para expandir sua capacidade para 450 milhões de toneladas em cerca de cinco anos.

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A mineradora Vale quer agir com cuidado ao aumentar sua capacidade para não sobrecarregar o mercado de minério de ferro enquanto tenda recuperar suas operações do prejuízo de um rompimento de uma barragem em 2019.

O diretor financeiro da companhia, Luciano Siani, disse em entrevista em vídeo durante o evento Reuters Commodity Trading Summit que “nós vamos ser responsáveis, não vamos sobrecarregar os mercados com minério de ferro”.

A companhia está pronta para expandir sua capacidade para 450 milhões de toneladas em cerca de cinco anos, por meio de métodos mais seguros e menos poluentes, afirmou Siani.

Mas a Vale pode não empregar toda a capacidade caso não ocorra o aumento na demanda asiática previsto atualmente, orientado pelo setor industrial.

“A intenção não é sobrecarregar os mercados até 450 (milhões de toneladas). É ter a capacidade disponível para atender o mercado se for necessário”, disse o executivo.

Os movimentos de produção da Vale impactam os preço de produtos de aço pelo mundo, considerando que a empresa é a única produtora global de minério de ferro com planos significativos de expansão de capacidade.

Para aumentar produção, a Vale terá que expandir de minas na região Norte do Brasil, e retomar a produção em algumas de suas minas mais antigas em Minas Gerais.

A mineradora retomou momentaneamente seu posto de líder em minério de ferro no terceiro trimestre, após produzir mais que a australiana Rio Rinto, para quem perdeu o posto após o rompimento de sua barragem em Brumadinho (MG) em 2019. A tragédia deixou 270 mortos e levou ao fechamento de outras minas vistas que apresentavam risco.

“Todo mundo entende que o grande fator de mudança na oferta é a Vale. A boa notícia é que a capacidade está aqui, as minas estão aqui, as plantas de processamento estão aqui e as ferrovias estão aqui”, disse Siani.

A receita da companhia continuou a crescer, mesmo tendo apurado prejuízo no ano passado por causa de despesas associadas ao desastre de Brumadinho.

O corte na oferta global após a Vale ter reduzido sua meta de produção para o ano passado em cerca de um quarto sustentou o fôlego um rali nos preços do minério de ferro, que chegar a uma máxima de seis anos em meados de setembro.

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