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Dólar atinge a mínima desde o fim de julho com exterior otimista

Dólar à vista caiu 1,10%, a 5,2747 reais na venda, menor patamar desde 31 de julho.

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O dólar encerrou a sessão desta segunda-feira no menor valor registrado desde o final de julho, recuando cerca de 1%, com agentes financeiros refletindo otimismo nos mercados globais antes de decisões de política monetária relevantes marcadas para esta semana.

A moeda norte-americana à vista caiu 1,10%, a 5,2747 reais na venda, menor patamar desde 31 de julho, quando chegou a 5,2185 reais.

Na máxima do dia, alcançada pela manhã, o dólar bateu 5,3244 reais (-0,16%), enquanto na mínima, durante a tarde, tocou 5,2626 reais (-1,32%).

Às 17h05, na B3, o contrato de dólar de maior liquidez sofria desvalorização de 0,83%, para 5,2795 reais.

Entre as divisas de melhor desempenho no dia esteve o real, acompanhado de outras divisas emergentes sensíveis ao sentimento de risco, como peso mexicano, com alta de 1%, e rand sul-africano, com alta de 0,6%.

O tom mais positivos dos investidores está relacionado às notícias da Pfizer Inc e da empresa de biotecnologia BioNTech SE, que se propuseram no sábado expandir a Fase 3 de seus testes, enquanto a farmacêutica AstraZeneca anunciou no fim de semana que havia retomado os testes clínicos britânicos de sua vacina.

Outro responsável por melhorar os sentimentos foram as notícias sobre fusões e aquisições, no início de uma semana cheia de decisões relacionadas a juros. Nos próximos dias, Brasil, EUA, Japão e Reino Unido vão atualizar avaliações sobre suas políticas monetárias.

No Brasil, a expectativa é de manutenção da Selic em 2% ao ano, com base no recente noticiário fiscal que inspirou maior cautela em meio a leituras mais altas de inflação no atacado e à contínua volatilidade nos ativos financeiros.

Segundo a pesquisa Focus do BC divulgada na manhã desta segunda-feira, o mercado manteve as estimativas para o dólar ao fim de 2020 (5,25 reais) e 2021 (5,00 reais), mas reduziu a projeção para a Selic no término de 2021 de 2,88% para 2,50%.

A instabilidade no câmbio e as dificuldades do Tesouro Nacional de rolar a dívida pública em meio a um já fragilizado quadro fiscal têm sido apontadas como culpa da Selic baixa.

Para Fernando Bergallo, CEO da FB Capital, o mercado continua vendo dólar a pelo menos em 5 reais até o fim de 2021. “(No médio prazo) tudo isso (juro baixo) dificulta ainda mais a apreciação do real perante o dólar, uma vez que limita muito o fluxo de capitais estrangeiros para cá”.

Neste ano, a moeda norte-americana já teve alta 31,44%, deixando o real na posição de divisa relevante com pior desempenho no período. Em 2019, o dólar fechou o ano a 4,0129 reais.

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