Mercados e Cotações
Dólar atinge R$ 5,61; especialistas preveem alta até o fim de 2024
Dólar encerrou a semana passada cotado a R$ 5,61, refletindo tensões fiscais no Brasil e incertezas globais.
Na última sexta-feira, 11 de novembro, o dólar alcançou a marca de R$ 5,61, após oscilar até R$ 5,65 durante o dia. Esse movimento é impulsionado por preocupações dos investidores em relação ao equilíbrio fiscal brasileiro.
Especialistas consultados acreditam que a moeda estadunidense pode ultrapassar as projeções atuais do Boletim Focus até o final de 2024.
Beto Saadia, diretor de Investimentos da Nomos, prevê cotações flutuando próximo aos R$ 6 até dezembro deste ano.
Ele destaca que a ausência de melhorias fiscais no Brasil e a expectativa de juros mais altos nos Estados Unidos são fatores de pressão. Assim, o cenário de instabilidade continua a influenciar o mercado de câmbio.
As estimativas atuais do Boletim Focus, coletadas semanalmente pelo Banco Central, indicam um dólar próximo a R$ 5 ao final de 2024.
Já as análises de Saadia e de outros especialistas sugerem um panorama diferente, com cotações possivelmente ultrapassando essa faixa.
Fatores econômicos diversos interferem na oscilação do valor do dólar, o que torna difícil uma previsão certeira – Imagem: reprodução
Projeções e desafios econômicos
Embora as projeções do mercado variem, muitos consultores financeiros esperam que o dólar encerre o ano próximo a R$ 5,40. Para os anos subsequentes, as expectativas são de um leve declínio na cotação:
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2024: R$ 5,40;
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2025: R$ 5,39;
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2026: R$ 5,30;
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2027: R$ 5,30.
Analistas apontam que questões fiscais locais e eventos climáticos e geopolíticos globais têm pressionado a moeda.
No cenário interno, destaca-se o clima de incerteza acerca do controle das contas públicas e declarações do presidente Lula, que preveem isenções sem a definição de compensações fiscais claras.
Impactos globais e decisões de investimento
A inflação nos EUA e as tensões geopolíticas também influenciam o câmbio. A resistência na queda dos juros americanos e a desaceleração econômica chinesa são fatores que complicam o ambiente para os investidores.
Além disso, a Moody’s elevou a nota de crédito do Brasil, mas isso não aplacou o ceticismo sobre a sustentabilidade fiscal do país.
Dilemas para viajantes
Para aqueles que planejam viajar, a incerteza quanto ao futuro do dólar traz desafios. Enquanto Saadia sugere comprar a moeda agora para evitar uma alta maior, Moretti aposta em uma estratégia de preço médio, diluindo compras em momentos diferentes para mitigar riscos.
Portanto, diante de um cenário repleto de variáveis econômicas e políticas, o mercado e os consumidores permanecem atentos às movimentações futuras do dólar.
As decisões de investimento devem ser tomadas com cautela, considerando as oscilações e as pressões que podem surgir a qualquer momento.
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