Eletrobras (ELET3) recebe ofício de acionistas para indeferir dispositivo estatutário

A Eletrobras (ELET3) recebeu ofício de acionistas para indeferir dispositivo estatutário, conforme comunicado encaminhado ao mercado.

De acordo com o documento, o ofício veio pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e diz respeito a resgate de ações PNA

Estas são ações preferenciais que dão ao acionista a preferência sobre o pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio.

Em caso de falência da empresa, os acionistas têm preferência no recebimento ou reembolso do capital de liquidação da companhia.

No caso da Eletrobras, a companhia passou por um processo de desestatização a menos de um ano e há alguns acionistas descontentes com o resultado dos ativos, mais precisamente quanto ao resgate de ações.

“Diante da Decisão, a companhia esclarece que está avaliando as medidas a serem adotadas – em especial, em relação à proposta de deliberação do Resgate das Ações PNA –, e que manterá seus acionistas e o mercado informados sobre os desdobramentos relacionados ao tema”, disse.

Eletrobras (ELET3): ações

Mais cedo, hoje, a companhia havia aprovada uma recompra de ações que pode chegar a até 202,1 milhões de papéis ordinários e outros 27,5 milhões de ações preferenciais.

Elas representam 10% do total de ativos em circulação para cada uma das classes.

A empresa disse, em documento, que o prazo para liquidação das operações com ações que fazem parte do plano de recompra é de 18 meses, contados a partir do dia 3 de janeiro de 2022.

Logo, a data final é de 2 de julho de 2024.

A companhia quer, com isso, recomprar os papéis para posterior cancelamento, alienação ou manutenção em tesouraria, sem redução do capital social.

Também diz enxergar que o programa serve “para incrementar o valor aos acionistas pela aplicação eficiente dos recursos disponíveis em caixa, otimizando a alocação de capital da companhia”.