Empresas optam por perderem dinheiro a atuar na Rússia

O conflito no leste europeu entre Rússia e Ucrânia vem abalando o tecido social drasticamente. Além do impacto, obviamente, para os cidadãos que estão sendo envolvidos direta ou indiretamente no conflito, diversas empresas optaram por encerrar as atividades na Rússia na tentativa de impactar diretamente na política de Putin e, consequentemente, acabam sofrendo, também, as consequências dessa decisão.

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De fato, optar por estar do lado “correto” da história, é uma decisão extremamente difícil mas necessária para qualquer negócio que preza pela dignidade humana. Em vista disso, iremos trazer os impactos que algumas empresas sofreram após deixarem de atuar no território russo, afinal de contas, a moral e a ética são valores acima do dinheiro.

Nesse sentido, o Banco BNY Mellon sofreu uma perda de US$100 milhões neste trimestre e um adicional de US$80 milhões a US$100 milhões no resto do ano após encerrar seus negócios com a Rússia. Outro Banco que encerrou as atividades com a Rússia foi o JPMorgan Chase. De acordo com o CEO Jamie Dimon, a empresa poderia perder cerca de 1 bilhão de dólares ao longo do tempo com o encerramento das atividades, e acrescentou que não irá buscar empreendimentos pelo território russo.

Outra empresa a ser afetada foi a Shell, a petrolífera britânica informou em comunicado aos acionistas que sua decisão de deixar a Rússia custaria à empresa de US$4 bilhões a US$5 bilhões somente neste trimestre. Também a fabricante sueca Volvo estava guardando cerca de US$423 milhões para compensar as perdas que antecipou no primeiro trimestre por causa da saída da Rússia.