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Energia poderia ser solar e gratuita no Brasil? Entenda

Diminuição de perdas e otimização do processo seriam capazes de baratear e aumentar capacidade energética no país. Confira:

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De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), 1,5 bilhão de MWhs seriam capazes de abastecer a mobilidade elétrica do Brasil. Isso poderia ser gerado através de energia solar, porém a um custo alto: quase R$ 2 trilhões. Em cinco anos, seria o equivalente a gastar R$ 400 bilhões por ano. Dessa forma toda a energia destinada à mobilidade no país poderia ser gratuita pelos próximos 20 anos.

Leia mais: Vai faltar: Distribuidoras alertam para risco de desabastecimento de combustíveis

Consumo de energia

Quando se fala em energia destinada à mobilidade, é justamente sobre veículos elétricos e afins que se trata. A quantidade necessária para abastecer essa demanda é a mesma para abastecer a demanda estacionária. Ou seja, no Brasil são necessários 1,5 bilhão de MWhs por ano para suprir a demanda de energia elétrica dos municípios.

Contudo, a energia proveniente de hidrelétricas é suficiente para cumprir essa demanda. Com tudo para suportar a demanda por energia solar na base, é necessário otimizar a rede. Isso significa investir na diminuição de perdas energéticas do processo. É o que afirma o PhD Paulo Puterman, ao portal Exame.invest.

Segundo dados da Aneel, a cada 100 MWhs gerados, 17 acabam sendo perdidos no processo. Apenas 83 MWhs são de fato utilizados para a produção de energia elétrica. Com isso, o Brasil está entre os países que geram perdas acima de 15%.

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A título de comparação, em situação ideal, seria possível gerar perda de 5%. Esta é a porcentagem que ocorre nos Estados Unidos da América, por exemplo.

Imagine se houvesse uma diminuição de 10% das perdas no Brasil. Isso quer dizer que 150 milhões de MWHs ao ano seriam consumidos. Se tomarmos por base que o valor médio da tarifa, que é de R$ 200/MWh, economizaríamos R$ 30 bilhões por ano. Em cinco anos (mesmo período utilizado no começo deste texto), teríamos economizado R$ 150 bilhões.

Solução

Em outras palavras, otimizar o volume de perdas evitariam investimentos desnecessários. Não seria preciso construir mais usinas hidrelétricas por exemplo. Além disso, haveria mais dinheiro para utilizar na adequação e energias renováveis, como a solar.

Também é possível considerar que as 200 usinas brasileiras apresentam idade média de 50 anos. A potencialização destas representa economia de 20%.  Ou seja, o consumo passaria de 1,5 bi para 1,2 bi de MWhs por ano. Deste total, sabe-se que 40% é consumido durante o dia e poderia ser substituído por energia solar. O custo para tal é de aproximadamente R$ 660 bilhões.

Os brasileiros pagam, por esses mesmos 40% cerca de R$ 100 bi por ano. Ou seja, em seis anos o investimento seria quitado. Depois disso, a energia seria produzida de modo gratuito aos cidadãos.

Os demais 60% da energia consumido em período noturno seriam supridos sem grandes problemas. A partir da otimização proposta daria para cobrir mais de 200 milhões de MWhs por ano.

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