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Entidades pedem indenização de R$ 10 milhões a XP e Ável após foto com homens brancos

Falta de diversidade no quadro de funcionários da Ável Investimentos motiva ação civil pública de representantes de minorias.

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A corretora XP e o seu escritório Ável Investimentos são alvos de uma ação civil pública aberta por entidades dos movimentos negro, feminista e de defesa dos direitos humanos. O motivo é a falta de diversidade em seu quadro de funcionários, assunto que repercutiu após a publicação de uma foto.

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Na imagem do quadro de funcionários da empresa, quase todas as mais de 100 pessoas são homens brancos e jovens. A foto também foi motivo de críticas porque os profissionais estavam aglomerados na cobertura de um prédio, a grande maioria deles sem máscara.

Indenização

Na ação civil pública, as entidades pedem indenização de R$ 10 milhões e várias outras medidas, como a criação de um plano de diversidade com metas para impedir a discriminação de raça, sexo, gênero e idade nos processos de recrutamento da empresa.

Outras demandas são a proporcionalidade entre negros, mulheres e indígenas no quadro de funcionários; cotas para pessoas idosas e pessoas com deficiência; apresentação de um plano de aceleração de carreira para favorecer a diversidade; dentre outras.

“As pessoas imaginam que a discriminação só acontece por palavras ostensivas. Mas não é só isso. Esse é um caso exemplar, que mostra como o processo de recrutamento nas empresas pode ser cruel”, disse Márlon Reis, advogado que representa as entidades.

“As empresas devem estar atentas, porque quando se abre o processo de recrutamento de forma aparentemente igualitária, na verdade, se exalta uma desigualdade que já há na sociedade.”

Resposta das empresas

Em resposta ao UOL, a XP disse que “está comprometida em fazer transformações significativas e reconhece que a inclusão de pessoas negras na companhia e rede de parceiros é uma questão fundamental”.

“Nosso compromisso com a diversidade e inclusão estabelece metas internas para aumentar a contratação, em todos os cargos, de pessoas negras, mulheres, LGBTQIA+ e PCDs. Além disso, contamos com o suporte de consultores externos e coletivos de trabalhadores. Estamos trabalhando, incansavelmente, para ser cada vez mais um agente de mudança da sociedade e do mercado financeiro”, completou.

A Ável comunicou que não vai falar sobre a polêmica. No site do escritório credenciado, é possível ver que de 111 assessores dos investimentos apresentados, somente nove são mulheres.

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