Conecte-se conosco

Ações, Units e ETF's

Exterior negativo; avanço de ômicron e ‘estabilidade’ do IPCA moldam Ibovespa de segunda

Mercados mundiais ‘sentem’ apertos monetários; sobe aversão ao risco com variante viral; estagflação chegou ao país

Publicado

em

Crédito: tiinside

Em sequência ao viés de baixa da semana passada, as bolsas mundiais acusam queda generalizada, devido à combinação negativa dos fortes apertos monetários efetuados pelos bancos centrais, como também pelo aumento da aversão ao risco, à medida que chega o inverno e aumentam os casos da variante ômicron, sobretudo no hemisfério norte.

Aversão cresce – Agora, além do temor dos mercados com relação a um, ainda, provável novo surto pandêmico, os mercados lidam com uma perspectiva de controle da inflação, juros elevados e baixo crescimento econômico para o próximo ano, além da adoção de novas restrições de mobilidade social, por parte de alguns países mais afetados pelo problema viral.

Juros em queda – No início da sessão dessa segunda (20), os juros futuros no país abriram em queda ante o recuo da projeção para 2023 e 2024 do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) – índice oficial de inflação – que caiu de 3,46% para 3,40% (centro da meta de 3,25%) e de 3,09% para 3% (meta de 3%), respectivamente, segundo o Boletim Focus, divulgado pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC). A convergência à meta inflacionária do BC também é prenunciada pela ligeiríssima queda, de 10,05% para 10,04%, do IPCA para este ano, e a subida discreta deste, de 5,02% para 5,03%, para 2022.

IPCA ‘acomoda’ – Essa ‘acomodação’ das taxas do IPCA projetadas para 2023 e 2024 são prova de que a economia reage mais rapidamente aos repiques de juros, do que volta a crescer, quando estes recuam.

‘Carta branca’ – Até lá, o que se pode esperar é um ano eleitoral (2022), marcado pela ‘carta branca’ dada a si próprio pelo timoneiro do BC, Campos Neto, de levar a taxa Selic (básica de juros) até o patamar necessário para a convergência, agora do IPCA, “mesmo à custa de uma recessão”. Bom, se já estamos em recessão, o que se pode esperar mais? O fundo do poço? Para quem é investidor offshore isento, como Neto e Guedes, isso jamais será problema. Dessa forma, o Focus manteve a Selic de 2022 em 11,50% e em 8% e 5%, para 2023 e 2024, respectivamente.

PIB recua (de novo) – A exemplo das semanas anteriores, o Produto Interno Bruto (PIB) voltou a recuar, desta vez, de 4,65% para 4,58%, bem abaixo dos 4,80% de um mês antes, perfazendo a décima queda consecutiva do PIB este ano. Para 2022, foi mantida a previsão de 0,5%, enquanto para o ano seguinte, este refluiu de 1,90% para 1,85% e mantida a projeção de 2% para 2024.

Biden ‘tropeça’ – Também contribui para o ‘mau humor’ externo, o revés do presidente ianque, Joe Biden, cujo megapacote trilionário (em torno de US$ 1,75 trilhão), voltado a investimentos em obras de infraestrutura, entre outras, foi ‘barrado’ pelo próprio colega de partido, o senador democrata Joe Marchin, que anunciou publicamente sua desaprovação à iniciativa.

EUA em risco – Como justificativa, Marchin explicou que “o pacote de Biden vai desestruturar a economia dos EUA, embora o presidente sustente o argumento de que a medida criaria “uma rede de segurança social e de combate ás mudanças climáticas”. Enquanto isso, a informação é de que a oposição republicana fechou posição totalmente contrária ao projeto de Biden, o que levou o banco Goldman Sachs a ‘cortar’ sua previsão de crescimento dos EUA no curto e médio prazos.

Ásia negativa – Do outro lado do mundo, as bolsas asiáticas fecharam todas no negativo, a despeito da decisão do banco central chinês, que reduziu suas taxas de juros para empréstimos de um ano de 3,85% para 3,8%, pela primeira vez, desde abril de 2020.

Europa idem – Da mesma forma, a Europa opera em baixa, como reflexo da expansão significativa da variante viral laboratorial no ‘velho continente’.

Petróleo cai – Também sensível à evolução da variante ômicron, os preços do petróleo, igualmente recuam, tendo em vista a possibilidade de que novas restrições de mobilidade, nos países afetados pela pandemia, determinem menor demanda pela commodity.

Minério reage – Em que pese a queda generalizada dos mercados, os contratos futuros do minério de ferro ensaiam recuperação na China (maior fabricante mundial de aço), alçando o nível de US$ 120 por tonelada. De acordo com a publicação especializada Fastmarkets MB, o minério com teor de 62% de ferro subiu 3,3% no porto chinês de Qingdao, para US$ 123,51 por tonelada – valor mais elevado, em dois meses.

Covid cai 34% – No diário da Covid, novo recuo (34%) da média móvel de mortes em sete dias, ante o patamar de 14 dias antes, segundo informou o consórcio de veículos de imprensa.

Centrão pressiona – Com as pretensões de reeleição presidencial para 2022 ‘derretendo’, conforme apontam as pesquisas de opinião (60% de rejeição), o chamado Centrão, sua base instável no Congresso, pressiona o Executivo para um aumento para R$ 600 do Auxílio ‘pleito’ Brasil, trunfo eleitoral já esgotado.

Estados gastam – Ao mesmo tempo, também de olho nas eleições do próximo ano, os estados trataram de elevar rapidamente seus investimentos para o período. Somente nos dez primeiros meses deste ano, os investimentos liquidados no agregado, por parte de 26 estados e do Distrito Federal, atingiram R$ 27,4 bilhões, o que representa uma alta de 28,1% em relação ao mesmo período de 2020, e de 48,8%, em igual comparativo, para 2019.

Negociação facilitada – Voltando ao Executivo, este admite editar nova medida provisória (MP), tendo em vista ampliar os mecanismos de transação tributária – visando facilitar a negociação para o pagamento de impostos entre o devedor e a União – no escopo do programa de refinanciamento de dívidas tributárias (Refis), atualmente em discussão na Câmara dos Deputados

Principais indicadores

Estados Unidos (futuros)

Dow Jones, -1,44%.

S&P 500, -1,49%.

Nasdaq, -1,46%.

Ásia

Nikkei (Japão), -2,13% (fechado).

Shanghai SE (China), -1,07% (fechado).

Hang Seng Index (Hong Kong), -1,93% (fechado).

Kospi (Coreia do Sul), -1,93% (fechado).

Europa

FTSE 100 (Reino Unido), -1,95%.

Dax (Alemanha), 2,50%.

CAC 40 (França), 2,13%.

FTSE MIB (Itália), 2,45%.

Commodities

Petróleo WTI, -4,42%, a US$ 67,73 o barril.

Petróleo Brent, -4,09%, a US$ 70,51, o barril.

Minério de ferro, -1,32%, a 673,50 iuanes ou US$ 105,62 (Bolsa de Dalian – China).

Criptomoedas

Bitcoin, -2,61% a US$ 46.278,71 (há um dia).

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

Publicidade
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.

MAIS ACESSADAS