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Economia

Febraban acusa Nubank de cobrar altas tarifas bancárias e fintech reage

Alfinetadas entres as empresas traz a tona a discussão sobre quem cobra as maiores taxas de juros, se fintechs ou bancões.

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Uma publicação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) no seu perfil do LinkedIn causou desconforto no mercado financeiro. A organização acusou o Nubank – uma das principais fintechs do país – de cobrar juros mais altos que média de cinco ou 10 grandes bancos do país.

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O post chama atenção pelo tom de informalidade, que satiriza a forma como as fintechs costumam dialogar com seus clientes. A alfinetada da Febraban veio depois que a Zetta, fundada por Nubank, Mercado Pago e Google (que inclusive já deixou a entidade) no começo deste ano, publicou uma reportagem do portal Valor Investe relacionada às tarifas bancárias cobradas pelos grandes bancos.

O conteúdo da publicação traz um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), que mostra uma alta entre 9% e 25% nos valores dos serviços cobrados pelos chamados “bancões”, além de uma inflação acumulada de 8,35%.

A pesquisa inclui algumas das seguintes instituições: Caixa, Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Safra e Santander. No lado das fintechs destacam-se: Agibank, Next, Neon, Inter, Original e Superdigital. Dentre as empresas citadas, a única que não aumentou as tarifas foi o Safra. As fintechs mantiveram os preços dos seus produtos.

Febraban acusa Nubank

Na sua acusação direcionada ao Nubank, a Febraban utiliza dados do Banco Central (BC) para mostrar que a média de juros rotativos do Nubank chegou a 291,67% ao ano na última semana de agosto. Conforme cita a organização, o percentual está acima da média do que é cobrado pelos cinco grandes bancos do Brasil, na faixa de 271,68%.

A entidade também destacou que no crédito pessoal não consignado, a média cobrada pelo Nu foi de 62,86% ao ano no último mês. Do outro lado, a média dos 10 grandes bancos era de 54,4% e a dos cincos principais de 60,65%. A Febraban destacou ainda que os bancões pagam 45% de imposto sobre o lucro, enquanto as fintechs apenas 9%.

Para finalizar, o órgão questionou a atuação da fintechs durante a crise, ressaltando que os grandes bancos deram R$ 5,7 trilhões em crédito, além de doar R$ 2 bilhões em recursos para a saúde.

Em resposta aos ataques, a Zetta, ou o Nubank nas entrelinhas, declarou que é uma pena que “a Febraban evite a discussão sobre a elevação das tarifas bancárias acima da inflação e tente confundir a opinião pública”. De acordo com a associação, a média cobrada pelos juros rotativos dos participantes da entidade é de 10,66% ao mês. Já a média dos cinco maiores bancos chega ao patamar de 12,86% mensais.

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