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Economia

Financiamento de veículos deve cair 23% em 2020, diz Anef

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O financiamento para compra de veículos no país deve cair cerca de 23% em 2020, diante dos efeitos prolongados da pandemia da Covid-19, segundo a Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), que representa os bancos de montadoras.

A entidade informou nesta segunda-feira que os empréstimos concedidos no primeiro semestre somaram 63,7 bilhões de reais no primeiro semestre, queda de 11,9% ante mesma etapa de 2019. A queda só não foi maior devido aos bons resultados do primeiro trimestre, com crescimento de 13,3%.

No fim de junho, o estoque de empréstimos no setor somava 262 bilhões de reais, alta de 16,7% em 12 meses.

A previsão inicial para este ano era de alta de 24,3%. Mas com a multiplicação das medidas de isolamento social para evitar o alastramento da pandemia, a atividade no setor em abril já teve o pior desempenho em 12 meses.

De acordo com o presidente da Anef, Paulo Noman, alguns fatores também ajudaram a aliviar os efeitos da queda como a maior demanda por veículos de pequeno porte para entregas, assim como de pessoas que têm preferido evitar o uso de transporte público, com receio da contaminação pela Covid-19.

“Mas nesse último caso, a procura tem sido maior por veículos seminovos”, disse o executivo.

Segundo o levantamento, a participação das modalidades de crédito nas vendas de veículos e comerciais leves ficou estável, com pagamento à vista representando cerca de 45% e o CDC, 50% de todas as aquisições. Mas no mercado de caminhões e ônibus, a fatia do CDC caindo 12 pontos percentuais, para 48% em junho.

Ainda segundo o relatório, o índice de inadimplência de pessoas físicas acima de 90 dias chegou a 5,2% no fim de junho, ante 4,8% um ano antes, enquanto a de empresas até caiu de forma residual.

Segundo Noman, no entanto, esses números não necessariamente refletem a realidade, dado que os próprios financiadores concederam um período de carência no pagamento das prestações para dar algum alívio aos clientes. Não seria surpresa ver uma piora nos próximos meses quando a carência terminar, disse ele.

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