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Investimentos

Fundos quantitativos: conheça a categoria de investimentos que cresceu no Brasil durante a pandemia

Por utilizar inteligência artificial nos investimentos, os fundos quantitativos apresentam bom comportamento frente às crises.

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Fundos quantitativos

Ainda pouco conhecido no Brasil, os fundos quantitativos apresentam crescimento e são uma alternativa frente à crise. Essa categoria de investimentos cria robôs que usam dados históricos para prever os futuros dos preços dos ativos, ou seja, utiliza da inteligência artificial para investir. 

Por não depender de sentimentos dos gestores, tornaram-se “diferentões” nas carteiras. Além disso, esses investimentos se propõem a ter baixa ou nenhuma correlação com a bolsa ou dólar. 

O mês de março foi marcado pelo início da pandemia no Brasil. Foi também o período em que muitas pessoas precisaram buscar alternativas para diversificar sua carteira, encontrando os fundos quantitativos. Esse tipo de investimento surgiu no Brasil ainda em 2007 e, apesar das grandes expectativas, a indústria ainda não havia encontrando terreno fértil no país. 

Samuel Oliveira, responsável pela área de análise de fundo na XP, revela: “Sempre tivemos boas apostas, gestores que começaram com performance promissora, mas depois que atingiam determinado volume, acabavam não performando bem”. Os fundos quantitativos ganham dinheiro investindo em bolsa, dólar, juros e ativos no exterior, bem como outros fundos multimercados, papéis de empresas e outros fundos de ações. 

Os fundos quantitativos cobram tarifas administrativas e de performance, normalmente sobre o Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Nesse caso, o que muda é o método científico, integrado ao processo de investimento em menor ou maior escala. 

Com relação às estratégias desses fundos, há muita distinção. Alguns, por exemplo, são programados para performar independentemente do cenário. Há outros que tendem a passar longos períodos sem apresentar grandes variações e são sucedidos por intensa valorização em um curto prazo de tempo. 

Por se tratar de um investimento de renda variável, é possível que o retorno seja negativo. Ao considerar os últimos três anos, nem os robôs foram capazes de impedir que esses fundos passassem por fases de grandes quedas nos retornos. No entanto, assim que a pandemia chegou ao Brasil, os fundos quantitativos não caíram tanto quanto o Ibovespa. 

O Ibovespa, principal índice de referência da B3, acumula perda de 16,1% no ano e o CDI rendeu 2,1% no período. Os fundos quantitativos, por outro lado, tiveram retorno de quase 7% – até 21 de setembro. 

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