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Gênero e Sexualidade no Brasil em 2022: IBGE recusa pesquisas

O Instituto argumenta que não é possível realizar a pesquisa, pois não tem como incluir a pergunta no questionário do Censo.

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O IBGE, após dois anos adiando o início da pesquisa sobre Orientação sexual e Identidade de gênero no Brasil, recorreu contra a Justiça Federal do Acre na última quinta-feira, dia 9 de junho, em que exigiu a inclusão de dados sobre a temática no Censo Demográfico de 2022. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística argumenta que não é possível realizar a pesquisa, pois não tem como incluir a pergunta no questionário.

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Segundo o Instituto, pode haver grande impacto financeiro se constatada a necessidade de mudança metodológica. O órgão adverte ainda sobre o risco de inviabilizar a operação censitária devido ao aumento de revisitas, caso as perguntas sejam coletadas com a própria pessoa individualmente.

Em 2020, o levantamento de dados sobre gênero e sexualidade foi adiado para 2021 devido à pandemia de Covid-19. Já no ano passado, a pesquisa foi novamente adiada, agora por falta de recursos financeiros.

Em 2022, o IBGE sugere cautela, tendo em vista que, segundo relatório: “Inserir tais quesitos em um Censo Demográfico, em cima da hora, sem prévios estudos, testes e treinamentos, seria ignorar a complexidade e o rigor de uma operação censitária do porte continental da brasileira. (…) Seria irresponsabilidade arriscar a integridade do Censo Demográfico enquanto principal pesquisa do país, ainda que por iniciativa inspirada em legítimas causas e boas intenções.” defende o órgão. No mesmo texto, logo em seguida, o IBGE assegura que as temáticas em questão já estão previstas no conjunto de pesquisas da instituição para um outro momento.

Lucas Costa Almeida Dias, procurador regional dos Direitos do Cidadão no Acre, rebateu os argumentos apresentados pelo instituto, ressaltando que há precedentes internacionais referentes às perguntas sobre orientação sexual e identidade de gênero, no Reino Unido e no Canadá, junto ao Censo. Ele enfatiza ainda o número de ocorrências violentas contra pessoas LGBTQIA+ ser altíssimo no Brasil, justificando assim a importância e urgência da pesquisa.

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